terça-feira, 24 de junho de 2025

James Stewart e o Western - Parte 1

James Stewart foi a prova que o homem comum também poderia se tornar um astro em Hollywood. Ele não tinha a altura e a beleza de um Rock Hudson, nem a coragem de um John Wayne, mesmo assim brilhou nas telas e teve uma filmografia tão ou mais rica do que esses dois mitos da era de ouro do cinema americano. Na verdade Stewart era um sujeito bem simples, comum, interiorano, que teve a rara sorte de trabalhar com alguns dos melhores cineastas de todos os tempos em filmes clássicos que jamais serão esquecidos. Provavelmente o diretor que o tornou imortal foi Frank Capra. Quando Stewart chegou em Hollywood, vindo do interior, sendo filho de um dono de lojas de ferragens, ele não encontrou as portas dos estúdios abertas para ele.

Na verdade Stewart amargou um bom tempo como figurante e depois como coadjuvante em filmes de pouca expressão. Sua sorte mudou quando Capra viu nele justamente aquela que era sua maior marca registrada: o jeito e a imagem do homem comum, do trabalhador operário de bom coração. Eram os tempos da grande depressão, a economia americana estava arruinada, com muito desemprego e pobreza. Para o otimista Capra a única forma de levantar a nação era levantando sua autoestima, sua moral. Por isso ele resolveu filmar uma série de roteiros que traziam mensagens positivas ao povo americano, sempre levando seu ânimo, trazendo uma carga única de esperança. Para interpretar seus protagonistas Capra não poderia ter encontrado ator mais ideal. Assim James Stewart começou a virar um astro com "Do Mundo Nada se Leva", uma verdadeira ode ao pensamento positivo. Depois vieram mais clássicos absolutos como "A Felicidade Não Se Compra" e "A Mulher Faz o Homem". Todos esses filmes são verdadeiras obras primas do cinema.

Em busca da mesma empatia outros mestres do cinema resolveram escalar James Stewart em seus filmes, especialmente o mestre do suspense Alfred Hitchcock. Sempre que surgia o personagem do cidadão comum, honesto e trabalhador, que se via numa situação excepcional, o velho Hitch telefonava ao ator sabendo se ele estava disponível. "Festim Diabólico", "Janela Indiscreta" (talvez a grande obra prima ao lado de Hitchcock), "O Homem que Sabia Demais" e "Um Corpo que Cai" são obras primas que por si só já valeriam a imortalidade de Stewart na sétima arte. Isso porém foi apenas uma parte de sua carreira, quando interpretava tipos urbanos em tramas de suspense que até hoje seguem insuperáveis.

Por fim, como se já não bastasse realizar tantos clássicos ao lado de Capra e Hitchcock, James Stewart também brilhou no mais americano de todos os gêneros cinematográficos: o Western. Ele foi um dos mais regulares atores do estilo, participando de inúmeras produções com destaque para os filmes que rodou ao lado de John Ford e Anthony Mann. Com esse último tinha uma relação de amizade e ódio. De todos os diretores com quem trabalhou foi o que mais gostou de atuar, segundo suas próprias palavras. Certamente ao lado de Mann ele não chegou ao ponto de estrelar filmes tão importantes como "O Homem que Matou o Facínora" (considerado um dos dez melhores faroestes de todos os tempos), mas rodou produções que ficaram na memória como "Winchester 73" e "Um Certo Capitão Lockhart". Foi realmente uma dupla inesquecível. Embora tenha concorrido por cinco vezes ao Oscar só foi premiado uma única vez, por "Núpcias do Escândalo". James Stewart faleceu em 1997 deixando uma filmografia realmente inigualável. Provavelmente tenha sido o ator que mais participou de obras primas do cinema ao longo da história. Nesse quesito ele realmente foi único. Nada mal para alguém que se dizia ser apenas um homem comum, com bons sentimentos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Serras Sangrentas

Título no Brasil: Serras Sangrentas
Título Original: Sierra
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Alfred E. Green
Roteiro: Edna Anhalt
Elenco: Wanda Hendrix, Audie Murphy, Burl Ives, Dean Jagger, Richard Rober, Tony Curtis

Sinopse:
Pai e filho vivem em um lugar isolado nas montanhas. Eles estão naquele lugar porque o pai Jeff é procurado por ter matado um homem. A questão é que ele não foi o autor do crime. As coisas mudam quando surge uma jovem perdida, Riley Martin. Ela descobre que o filho nunca se envolveu com uma mulher antes, criando uma certa tensão sexual entre ela e o filho do pai fugitivo.

Comentários:
Nesse mesmo ano Audie Murphy surgiria nas telas com mais um western intitulado no Brasil de "Serras Sangrentas". Originalmente o filme se chamava "Sierra" e era dirigido por Alfred E. Green. Baseado na novela escrita por Stuart Hardy, a estória mostrava a luta de pai e filho tentando sobreviver nas montanhas em uma época em que a lei e a ordem eram apenas esperanças vãs de surgir naquelas regiões perdidas do velho oeste. Curiosamente esse faroeste era estrelado por uma atriz, a bela Wanda Hendrix. Audie Murphy era apenas o segundo nome do elenco, mostrando que ele estava disposto a ceder espaço em prol de atuar em bons filmes, com roteiros mais bem escritos. Por fim um detalhe interessante que passa despercebida por muita gente, a presença do ator Tony Curtis no comecinho da carreira na época em que ele era um completo desconhecido, apenas um ator treinado pelo setor de novos atores da Universal. Em poucos anos ele iria se tornar um dos grandes astros do estúdio, ao lado de Rock Hudson, que também teve uma origem bem parecida com Curtis. A dupla iria se tornar muito mais famosa que o próprio Audie Murphy.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de junho de 2025

Clint Eastwood e o Western - Parte 1

Depois de John Wayne o grande nome do western como gênero cinematográfica inegavelmente foi Clint Eastwood. Isso é curioso por vários motivos. Clint não participou da chamada era de ouro do faroeste americano, que ocorreu por volta dos anos 40 e 50. Ele só veio a surgir um pouco depois, quando o western já era considerado pelos críticos como um estilo de cinema ultrapassado, superado. Contra todas essas visões pessimistas Clint começou a estrelar seus filmes de western, na Itália e nos Estados Unidos. Com isso acabou se tornando um dos maiores astros da sétima arte.

O ator nasceu na Califórnia, em San Francisco, no ano de 1930. Sim, ele até teria idade para despontar nos anos 50, quando já tinha vinte anos, porém a carreira para Clint demorou um pouco a decolar. Hoje em dia ele é aclamado não apenas como um ator de sucesso, mas também como um cineasta extremamente talentoso, indicado várias vezes ao Oscar. E tudo começou com atuações em pequenas produções, filmes modestos, que serviram para, em um primeiro momento, apresentar Clint ao público espectador de cinema e TV.

O primeiro filme de sua carreira foi um filme de terror trash, uma produção B chamada "A Revanche do Monstro". Um daqueles filmes nada promissores que passavam em cinemas poeirentos do interior dos Estados Unidos. O curioso sobre esse comecinho de sua carreira como ator é que Clint foi pegando os trabalhos que eram oferecidos, sem se importar muito com a qualidade dos filmes. Algo comum e esperado para quem não tinha experiência e precisava essencialmente arranjar algum trabalho como ator para sobreviver.

Assim, ainda em 1955, lá estava o jovem Clint Eastwood envolvido em outro filme trash com monstros chamado "Tarântula!" Como era de praxe em filmes desse estilo na época tudo acontecia quando um inseto (uma aranha) era exposta a radiação! Depois disso ela começava a crescer sem parar, se transformando em um monstro de 9 metros de altura! Uma bobagem divertida daqueles tempos mais inocentes. A direção era do cineasta Jack Arnold, que foi o primeiro a enxergar em Clint um cowboy das telas. Conta-se que ele encarou o jovem ator durante um intervalo e disparou: "Ei, você deveria estar em um filme de western! Tem jeito para isso!". Um conselho e uma dica que Clint jamais esqueceria.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de junho de 2025

Randolph Scott e o Velho Oeste - Parte 1

Um dos atores mais populares do auge do western americano foi Randolph Scott. Ele nasceu no estado sulista da Virginia, numa pequena cidade chamada Orange County, bem distante de Hollywood e sua indústria. Scott era filho de uma família tradicional da cidade. Seus pais eram pessoas respeitadas na região, considerados excelentes profissionais em suas respectivas áreas. Assim Scott teve uma infância tranquila e sem traumas.

Quando o ator morreu em 1987 um amigo de infância relembrou aqueles velhos tempos: "A América era um lugar muito bom para se viver. Não havia tantos imigrantes estrangeiros e todos se conheciam. Randolph foi um sujeito bem normal. Honesto, com muitas amizades. Não tínhamos nada de ruim a falar sobre seu respeito".

Nada poderia dizer em seus primeiros anos que ele iria se tornar um astro em Hollywood. Durante sua vida Randolph Scott se preparou mesmo para se formar em engenharia. Atuar nem era considerado algo respeitoso naqueles tempos. Para muitos era uma profissão para vagabundos e pessoas sem formação educacional. O cinema, que começava a se tornar cada vez mais popular, seria um instrumento para mudar essa mentalidade com o passar dos anos, mas quando Scott se mudou para a Califórnia, ainda havia muito preconceito e estigma contra profissionais da atuação.

Randolph Scott não foi para a Califórnia para se tornar um astro de cinema. Na verdade quando ele chegou em Los Angeles pela primeira vez era apenas um estudante universitário. Ele havia se mudado para dar continuidade aos seus estudos, uma vez que já naquela época (estamos falando da década de 1920) as melhores universidades do país se situavam naquele estado. Assim que pisou os pés em Hollywood pela primeira vez - atraído obviamente pelo glamour do lugar - o jovem Scott ficou completamente fisgado pelos estúdios, pelos astros e estrelas e pela (remota) possibilidade de ganhar a vida fazendo filmes! Não seria o máximo? O problema é que Randolph não tinha qualquer preparo para atuar. Ele nunca estudara arte dramática e nem havia feito teatro. Para Hollywood porém isso não era o mais importante. Para conseguir uma figuração tudo o que bastava era saber montar um cavalo e se parecer com um pioneiro do velho oeste - dois requisitos que o jovem Randolph Scott tinha de sobra. Uma nova era estava prestes a começar no western americano.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Na Pista do Criminoso

Título no Brasil: Na Pista do Criminoso
Título Original: Sunset Pass
Ano de Produção: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Henry Hathaway
Roteiro: Jack Cunningham, Gerald Geraghty
Elenco: Randolph Scott, Tom Keene, Kathleen Burke, Harry Carey, Noah Beery, Leila Bennett

Sinopse:
Um agente policial se infiltra no meio de uma quadrilha de criminosos. Seu objetivo é descobrir quem estaria por trás de uma fuga de prisioneiros de uma prisão de segurança no Texas. As coisas porém se complicam quando ele acaba se apaixonando pela irmã de um dos membros da quadrilha.

Comentários:
O faroeste seguinte de Randolph Scott foi "Na Pista do Criminoso" (Sunset Pass, 1933). Ao lado dele no elenco estavam Tom Keene e Kathleen Burke. A direção era do excelente Henry Hathaway, cineasta que assinou grandes clássicos da história do cinema americano como "Bravura Indômita" (que daria o primeiro Oscar na carreira de John Wayne), "Sublime Devoção" e "A Conquista do Oeste", para muitos o filme de faroeste mais pretensioso da história pois queria esgotar o assunto da ida dos pioneiros para as vastas terras do velho oeste. Pois bem, como se pode ver o filme tinha o diretor certo. Acontece que por essa época, ainda na primeira metade dos anos 30, tanto Henry Hathaway como o próprio Randolph Scott eram ainda bem jovens, muito longe dos grandes clássicos em que iriam trabalhar no futuro Voltando para a fita intitulada "Na Pista do Criminoso", aqui temos uma fita B da Paramount Pictures. Uma produção de apenas 61 minutos de duração, feita e realizada para ser exibida em matinês dos cinemas de bairro, a preços promocionais. Tudo feito em ritmo de linha de produção mesmo. Para se ter uma ideia a Paramount produziu mais de 700 fitas como essa entre os anos de 1929 a 1949, todas vendidas depois para a recém nascida TV que exibia os filmes em horários matutinos, tornando o western ainda mais popular, principalmente entre os mais jovens.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Os Filmes de Faroeste de John Wayne - Parte 1

John Wayne nasceu na pequena e distante cidadezinha de Winterset, no estado rural americano de Iowa, em 26 de maio de 1907. Seu nome de batismo era Marion Robert Morrison. É interessante notar que ele nasceu em uma região e em uma cidade que muito se parecia com as cidades do velho oeste onde seus personagens iriam aparecer em seus filmes futuramente. Mais do que isso, no momento em que Wayne nasceu a realidade do velho oeste estava sendo mudada pela chegada da tecnologia e dos avanços dos tempos modernos, mas isso em uma escala ainda não muito perceptível.

Assim John Wayne poderia dizer, como sempre fazia aliás, que havia nascido de verdade numa cidade do velho oeste americano, tal como os pioneiros fundaram na colonização do oeste americano. Andar a cavalo, dirigir uma carruagem e portar armas era algo comum naquela localidade. Em nenhum momento Marion se sentiria fora de seu habitat natural nos filmes em que atuaria em Hollywood porque sua cidade natal se parecia demais com o cenário deles. Na verdade Wayne era tão consciente disso que admitia que pouco fez para se inserir naquela realidade dos filmes, já que tudo ali lembrava sua própria infância. "Era como estar em Iowa" - diria depois.

O pai de John Wayne se chamava Clyde Leonard Morrison, Era um imigrante. Ele nasceu na Inglaterra e foi para os Estados Unidos estudar. Descendente de irlandeses ele foi inicialmente para Nova Iorque, mas percebeu que teria melhores oportunidades em Iowa. Assim que chegou pegou o primeiro trem para o oeste. Lá se formou em farmácia e começou a trabalhar como farmacêutico. Depois conheceu Mary Alberta Brown, uma americana. Ela seria a mãe de John Wayne.

A família de John Wayne era de classe média baixa, mas nada lhes faltava. Havia uma boa casa, uma vizinhança muito amigável e tranquilidade reinante. Não havia violência e nem desemprego. Bastava ter disposição para aprender um ofício e começar a trabalhar. Logo os frutos viriam. Era um bom lugar para se viver. A cidade era próspera e tranquila, mas seu pai foi acometido por uma doença pulmonar. Seu médico o aconselhou a procurar um clima mais ameno, pois caso contrário ele poderia desenvolver alguma pneumonia, o que seria fatal. Assim Clyde juntou sua família e resolveu partir rumo à Califórnia. Seu plano era se tornar rancheiro no sul do estado, numa fazenda de criação de cavalos. Foi nela que o ainda adolescente John Wayne passaria grande parte de sua juventude.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de junho de 2025

Ouro Mal Assombrado

Título no Brasil: Ouro Mal Assombrado
Título Original: Haunted Gold
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Leon Schlesinger Studios
Direção: Mack V. Wright
Roteiro: Adele Buffington
Elenco: John Wayne, Duke, Sheila Terry, Harry Woods, Erville Alderson, Otto Hoffman, Martha Mattox

Sinopse:
Nesse filme John Wayne interpreta John Mason, Ao lado de Janet Carter (Sheila Terry) ele recebe uma carta convidando para ir até uma cidade fantasma onde supostamente existiria uma mina abandonada, com um tesouro escondido em seu interior. Claro que isso também desperta a ganância de bandidos que correm para colocar as mãos na fortuna.

Comentários:
O último filme de John Wayne em 1932 foi "Ouro Mal Assombrado" (Haunted Gold), faroeste dirigido por Mack V. Wright. O mais curioso dessa produção é que o roteiro tinha também elementos de filmes de horror! Foi um dos primeiros filmes de Hollywood que procuravam mesmo reunir dois gêneros cinematográficos em um só! Já que o terror e o faroeste eram bem populares porque não tentar fazer uma produção que tivesse o melhor dos dois lados? E assim foi feito. O mais curioso desse roteiro é que havia também um personagem fantasma que acabava ajudando Wayne e sua companheira em sua aventura mina adentro. Foi a primeira e única vez que Wayne flertou com o terror em toda a sua longa filmografia. Ficou muito interessante, é inegável dizer. Embora é bom também salientar que para os padrões atuais o filme seria mais um suspense com toques sobrenaturais do que um filme mesmo de terror. Afinal era uma produção de matinê e as crianças não poderiam ser assustadas. Coisas da época.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de junho de 2025

O Expresso da Aventura

Título no Brasil: O Expresso da Aventura
Título Original: The Hurricane Express
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Mascot Pictures, American Film Company
Direção: J.P. McGowan, Armand Schaefer
Roteiro: Colbert Clark, Barney A. Sarecky
Elenco: John Wayne, T Marshall, Conway Tearle, John Wayne

Sinopse:
Um sabotador desconhecido começa a destruir as linhas da ferrovia Pacific Express. Em uma dessas sabotagens o pai de Larry (Wayne), um piloto de avião, é morto no acidente. Agora ele resolve rumar no mesmo destino para descobrir quem seria o homem que ceifou a vida de seu amado pai.

Comentários:
John Wayne brigou com um dos chefões da Columbia Pictures, Harry Cohn, e resolveu deixar o estúdio indo para a pequena Mascot Pictures onde acabou fazendo três fitas rápidas. Os filmes da Mascot eram produzidos para serem exibidos em matinês, por isso eram curtos e iam direto ao ponto, sem maiores embromações. O roteiro é básico, o personagem de Wayne está atrás do assassino de seu pai e para isso precisa descobrir a identidade secreta do tal "Destruidor" (como passa a ser conhecido o sabotador de linhas da ferrovia). Como John Wayne era bastante jovem e atlético os produtores resolveram apostar forte em cenas de ação com o ator e de fato ele consegue até mesmo realizar algumas bem feitas acrobacias aprendidas quando se aventurava como dublê de filmes. Então é basicamente isso, uma aventura de matinê, com o futuro astro John Wayne se exercitando entre os trilhos de uma linha expressa rumo ao Pacífico.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de junho de 2025

A Grande Estirada

Título no Brasil: A Grande Estirada
Título Original: The Big Stampede
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Leon Schlesinger Studios
Direção: Tenny Wright
Roteiro: Marion Jackson, Kurt Kempler
Elenco: John Wayne, Noah Beery, Paul Hurst, Mae Madison, Luis Alberni, Berton Churchill

Sinopse:
Com roteiro baseado no livro de faroeste "The Land Beyond the Law", escrito por Marion Jackson, o filme conta a estória do xerife John Steele (John Wayne), um homem da lei honesto que tenta colocar lei e ordem numa região cheia de ladrões de gado e matadores de aluguel.

Comentários:
Em 1932 chegou aos cinemas o filme "A Grande Estirada" (The Big Stampede). John Wayne interpretou um xerife, John Steele. Em um lugar remoto no meio do deserto, sem homens para apoiá-lo na captura de um violento pistoleiro e sua quadrilha, ele se vê forçado a recrutar cowboys comuns, alguns até mesmo com histórico de prisão, para enfrentar os demais criminosos. Esse foi outro filme de Wayne na Warner Bros, outra fita rápida com apenas 54 minutos de duração. Com direção de Tenny Wright e roteiro escrito a partir do conto "The Land Beyond the Law" de  Marion Jackson, o filme era mais um a ser exibido em matinês por cinemas em toda a América. A estratégia de lançamento desse tipo de produção era simples e lucrativa. Os filmes eram exibidos geralmente em sessões duplas, com outras produções, a preços promocionais. Baratos e altamente lucrativos, fizeram a fortuna de muitos produtores na época.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Pena de Talião

Título no Brasil: Pena de Talião
Título Original: Ride Him, Cowboy
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Fred Allen
Roteiro: Kenneth Perkins, Scott Mason
Elenco:  John Wayne, Ruth Hall, Henry B. Walthall, Otis Harlan, Harry Gribbon, Frank Hagney

Sinopse:
John Wayne interpreta um cowboy chamado John Drury. Em uma cidade do velho oeste ele encontrava todos os tipos de gente, desde a mocinha romântica em perigo, até um grupo de bandoleiros sob às ordens do manda-chuva do lugar.

Comentários:
Em 1932 John Wayne voltou para os filmes de faroeste. A fita da vez se chamava "Pena de Talião" (Ride Him, Cowboy). Com direção de Fred Allen e roteiro escrito pela dupla Kenneth Perkins e Scott Mason, esse western de matinê era mais um passo para que Wayne se tornasse um verdadeiro astro de cinema. Esse também foi um dos primeiros trabalhos de Wayne na poderosa Warner Bros, conhecido estúdio que sempre caprichava em suas produções. Conforme podemos ver no poster original um destaque dessa fita era a presença do cavalo treinado Duke, um alazão muito bonito e forte, que acabou roubando várias cenas do próprio John Wayne. O curioso é que embora tenha se tornado um dos astros mais populares desse tipo de filme, ele nunca teria um cavalo ligado ao seu mito, como aconteceu por exemplo com Roy Rogers e Trigger. Ao invés disso preferiu deixar os animais de seus filmes em segundo plano, com exceção talvez única desse filme onde o "Duke" ganhou espaço até mesmo no cartaz da fita.

Pablo Aluísio.