Em 1932 John Wayne voltou para os filmes de faroeste. A fita da vez se chamava "Pena de Talião" (Ride Him, Cowboy). Com direção de Fred Allen e roteiro escrito pela dupla Kenneth Perkins e Scott Mason, esse western de matinê era mais um passo para que Wayne se tornasse um verdadeiro astro de cinema. Esse também foi um dos primeiros trabalhos de Wayne na poderosa Warner Bros, conhecido estúdio que sempre caprichava em suas produções.
O enredo era simples. John Wayne interpretava um cowboy chamado John Drury. Em uma cidade do velho oeste ele encontrava todos os tipos de gente, desde a mocinha romântica em perigo, até um grupo de bandoleiros sob ás ordens do manda chuva do lugar. Conforme podemos ver no poster original um destaque dessa fita era a presença do cavalo treinado Duke, um alazão muito bonito e forte, que acabou roubando várias cenas do próprio John Wayne. O curioso é que embora tenha se tornado um dos astros mais populares desse tipo de filme, ele nunca teria um cavalo ligado ao seu mito, como aconteceu por exemplo com Roy Rogers e Trigger. Ao invés disso preferiu deixar os animais de seus filmes em segundo plano, com exceção talvez única desse filme onde o "Duke" ganhou espaço até mesmo no cartaz da fita.
No filme seguinte, "A Grande Estirada" (The Big Stampede, Estados Unidos, 1932), John Wayne interpretou um xerife, John Steele. Em um lugar remoto no meio do deserto, sem homens para apoiá-lo na captura de um violento pistoleiro e sua quadrilha, ele se vê forçado a recrutar cowboys comuns, alguns até mesmo com histórico de prisão, para enfrentar os demais criminosos. Esse foi outro filme de Wayne na Warner Bros, outra fita rápida com apenas 54 minutos de duração. Com direção de Tenny Wright e roteiro escrito a partir do conto "The Land Beyond the Law" de Marion Jackson, o filme era mais um a ser exibido em matinês por cinemas em toda a América. A estratégia de lançamento desse tipo de produção era simples e lucrativa. Os filmes eram exibidos geralmente em sessões duplas, com outras produções, a preços promocionais. Baratos e altamente lucrativos, fizeram a fortuna de muitos produtores na época.
Pablo Aluísio.
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quinta-feira, 7 de agosto de 2025
terça-feira, 1 de julho de 2025
Os Filmes de Faroeste de John Wayne - Parte 5
O filme "A Grande Jornada" colocou John Wayne em primeiro plano em Hollywood. Esse filme porém não significou um pulo imediato rumo ao estrelato. Wayne ainda precisaria ralar mais um pouco para se tornar um verdadeiro astro do cinema americano. Assim seus filmes seguintes foram dramas e não faroestes. Em "Girls Demand Excitement" (sem título no Brasil, jamais lançado em nosso país), o ator voltou a interpretar um estudante, um jovem atleta da classe trabalhadora que enfrentava vários desafios em sua vida.
A diva Loretta Young seria a estrela do próximo filme de Wayne intitulado "Três Garotas Perdidas" (Three Lost Girls, 1931). Aqui John Wayne voltava aos personagens coadjuvantes nesse drama urbano sobre uma jovem mulher que se tornava vítima de um crime. Ela vinha do interior e alugava um pequeno apartamento para morar com outras duas jovens. Todas as suspeitas de autoria do crime apontavam para um arquiteto famoso que havia se envolvido com uma delas. John Wayne interpretava justamente o tal sujeito. Um filme que não teve muita repercussão, mas que serviu como aprendizado para o ator.
As coisas só melhoraram mesmo para Wayne no filme seguinte com "Estância de Guerra" (The Range Feud, 1931). Aqui ele retornava para os filmes de western nessa produção estrelada por Buck Jones, um ator que na época disputava o título de ator cowboy mais popular do cinema com Tom Mix, a quem Wayne procurava seguir os passos. O filme obviamente tinha um roteiro muito simples, com bandidos e mocinhos bem delimitados, o que era próprio para um faroeste de matinê. Depois dessa produção o ator chegou na conclusão que se continuasse a aparecer em papéis secundários jamais conseguiria atingir seus objetivos.
Por essa razão ele recusou várias propostas de trabalho que pareciam não colaborar muito para o avanço de sua carreira. O ator parecia firme no sentido de só aceitar novos filmes em que ele próprio fosse o protagonista. "Águia de Prata" (The Shadow of the Eagle, 1932) era o tipo de filme que ele procurava na época. Dirigido por Ford Beebe e produzido pelo estúdio Mascot Pictures, nessa película Wayne interpretava Craig McCoy, um piloto pioneiro, veterano da I Guerra Mundial, que decidia montar sua pequena companhia aérea. Aviador inteligente ele acabaria sendo o primeiro piloto da história a colocar um rádio de comunicação em sua aeronave. Um filme muito bom, com roteiro bem escrito e ótimas cenas de aviação. Justamente o que John Wayne estava buscando em sua carreira.
Pablo Aluísio.
A diva Loretta Young seria a estrela do próximo filme de Wayne intitulado "Três Garotas Perdidas" (Three Lost Girls, 1931). Aqui John Wayne voltava aos personagens coadjuvantes nesse drama urbano sobre uma jovem mulher que se tornava vítima de um crime. Ela vinha do interior e alugava um pequeno apartamento para morar com outras duas jovens. Todas as suspeitas de autoria do crime apontavam para um arquiteto famoso que havia se envolvido com uma delas. John Wayne interpretava justamente o tal sujeito. Um filme que não teve muita repercussão, mas que serviu como aprendizado para o ator.
As coisas só melhoraram mesmo para Wayne no filme seguinte com "Estância de Guerra" (The Range Feud, 1931). Aqui ele retornava para os filmes de western nessa produção estrelada por Buck Jones, um ator que na época disputava o título de ator cowboy mais popular do cinema com Tom Mix, a quem Wayne procurava seguir os passos. O filme obviamente tinha um roteiro muito simples, com bandidos e mocinhos bem delimitados, o que era próprio para um faroeste de matinê. Depois dessa produção o ator chegou na conclusão que se continuasse a aparecer em papéis secundários jamais conseguiria atingir seus objetivos.
Por essa razão ele recusou várias propostas de trabalho que pareciam não colaborar muito para o avanço de sua carreira. O ator parecia firme no sentido de só aceitar novos filmes em que ele próprio fosse o protagonista. "Águia de Prata" (The Shadow of the Eagle, 1932) era o tipo de filme que ele procurava na época. Dirigido por Ford Beebe e produzido pelo estúdio Mascot Pictures, nessa película Wayne interpretava Craig McCoy, um piloto pioneiro, veterano da I Guerra Mundial, que decidia montar sua pequena companhia aérea. Aviador inteligente ele acabaria sendo o primeiro piloto da história a colocar um rádio de comunicação em sua aeronave. Um filme muito bom, com roteiro bem escrito e ótimas cenas de aviação. Justamente o que John Wayne estava buscando em sua carreira.
Pablo Aluísio.
domingo, 1 de junho de 2025
Os Filmes de Faroeste de John Wayne - Parte 4
John Wayne passou por uma fase de insignificância logo no começo de sua carreira. Como ele era ainda um jovem sem nome dentro da indústria cinematográfica, acabou aceitando os trabalhos que iam surgindo. Na maioria desses filmes Wayne fez apenas figurações sem importância. Ora ele interpretava um membro do bando do xerife para caçar bandidos no deserto, ora ele era da quadrilha dos bandoleiros, fugindo da lei.
O importante nem era tanto aceitar filmes pensando em um futuro na carreira, mas sim trabalhar, atuar no que vinha pela frente. Ter o dinheiro para morar e viver em Los Angeles, mesmo que modestamente, já era uma vitória para o jovem ator. Ele que havia sido criado numa fazendo de criação de cavalos já tinha a experiência de montaria necessária para atuar em qualquer cena de western.
O que faltava para John Wayne nesse longo período, que durou praticamente toda a década de 1920, era uma chance de se destacar no elenco e chamar a atenção do público. Ao invés disso porém nos anos 20 o ator foi fazendo uma sucessão de filmes sem muita importância. Curiosamente ele chegou a atuar nesse tempo até mesmo em filmes bíblicos como "A Arca de Noé" de 1928. Infelizmente muitas dessas fitas antigas se perderam porque as películas eram altamente inflamáveis e expostas ao calor pegavam fogo. Como os estúdios na época não tinham maiores preocupações em preservar os filmes depois deles terem sido exibidos muita coisa se perdeu com o tempo.
A grande virada em sua carreira aconteceria apenas em 1930 quando ele, pela primeira vez, interpretaria um personagem de destaque, inclusive com nome. Na maioria dos filmes anteriores John Wayne interpretava tipos que sequer tinham nomes nos roteiros. Ele era identificado apenas como o Extra 1 ou o Extra 2, ou então nem era creditado. Já em "A Grande Jornada" ele interpretava finalmente um cowboy que tinha nome e sobrenome. Seu personagem se chamava Breck Coleman. Outra novidade importante: Wayne era o principal nome do elenco, o astro do filme! Dirigido pelo grande cineasta da história de Hollywood, o mestre Raoul Walsh, ele tinha a primeira grande chance em quatro anos amargando papéis sem importância em Hollywood.
Pablo Aluísio.
O importante nem era tanto aceitar filmes pensando em um futuro na carreira, mas sim trabalhar, atuar no que vinha pela frente. Ter o dinheiro para morar e viver em Los Angeles, mesmo que modestamente, já era uma vitória para o jovem ator. Ele que havia sido criado numa fazendo de criação de cavalos já tinha a experiência de montaria necessária para atuar em qualquer cena de western.
O que faltava para John Wayne nesse longo período, que durou praticamente toda a década de 1920, era uma chance de se destacar no elenco e chamar a atenção do público. Ao invés disso porém nos anos 20 o ator foi fazendo uma sucessão de filmes sem muita importância. Curiosamente ele chegou a atuar nesse tempo até mesmo em filmes bíblicos como "A Arca de Noé" de 1928. Infelizmente muitas dessas fitas antigas se perderam porque as películas eram altamente inflamáveis e expostas ao calor pegavam fogo. Como os estúdios na época não tinham maiores preocupações em preservar os filmes depois deles terem sido exibidos muita coisa se perdeu com o tempo.
A grande virada em sua carreira aconteceria apenas em 1930 quando ele, pela primeira vez, interpretaria um personagem de destaque, inclusive com nome. Na maioria dos filmes anteriores John Wayne interpretava tipos que sequer tinham nomes nos roteiros. Ele era identificado apenas como o Extra 1 ou o Extra 2, ou então nem era creditado. Já em "A Grande Jornada" ele interpretava finalmente um cowboy que tinha nome e sobrenome. Seu personagem se chamava Breck Coleman. Outra novidade importante: Wayne era o principal nome do elenco, o astro do filme! Dirigido pelo grande cineasta da história de Hollywood, o mestre Raoul Walsh, ele tinha a primeira grande chance em quatro anos amargando papéis sem importância em Hollywood.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 1 de maio de 2025
Os Filmes de Faroeste de John Wayne - Parte 3
Uma das grandes sortes que John Wayne teve em sua carreira foi o fato dele começar a se tornar popular justamente na mesma época em que o grande cowboy do cinema, o astro Tom Mix, estava se aposentando. Ídolo máximo do western na era do cinema mudo, Mix estava descontente com os novos rumos que a indústria cinematográfica americana começava a tomar. O cinema falado estava prestes a dominar completamente o mercado, enquanto os antigos filmes mudos perdiam espaço nas telas a cada ano. Era o fim de uma era.
Tom Mix já se sentia velho e cansado. Cavalgar para ele estava se tornando um problema por causa de dores na coluna. Ele sofria dessas dores há anos, mas agora tudo se tornara insuportável. O estúdio lhe arranjou dublês, mas o público começou a perceber a diferença e assim, procurando manter sua estrela, sua áurea, Mix decidiu se aposentar. Ele queria se retirar antes que se tornasse completamente decadente. Depois de atuar em mais de duzentos filmes ele estava multimilionário e não queria mais saber de cavalos, selas, poeira e tiroteios. Os dias do faroeste tinham chegado também ao fim para Mix.
Com o afastamento de Tom Mix das telas todo um espaço ficou vazio. Quem seria o próximo herói dos filmes de faroeste? Bom, John Wayne estava de olho nesse trono. Esforçado, disciplinado, bom profissional na visão dos diretores da época, John Wayne começou a deixar de lado suas participações como dublê para realmente se tornar ator na frente das telas. Foi um processo gradual. Nos primeiros anos John Wayne ainda procurou se esforçar na universidade, mas depois ele viu que poderia ter grande futuro no mundo do cinema. O pagamento era muito bom, o trabalho era relativamente fácil e a fama, que ele começava a desfrutar, acabou lhe convencendo que ele deveria se esforçar para fazer sucesso no cinema, acima de tudo.
Durante as filmagens de um novo filme, Wayne conversou longamente com o diretor Andrew Bennison. Esse lhe avisou que iria filmar um faroeste em breve e que queria John Wayne em seu elenco. Depois explicou que esse novo western seria mais realista, tentando mostrar o mundo dos cowboys como ele realmente era: com muito suor, trabalho duro e roupas surradas. Nada a ver com Tom Mix e suas roupas engomadinhas. "John, o futuro dos filmes de western será o realismo nu e cru, por isso quero que você apareça como se fosse um cowboy real. Roupas empoeiradas, chapéu amassado, nada de ter um visual como Tom Mix, com seu figurino cheio de estrelinhas e esporas de prata!". Wayne concordou plenamente com a opinião do diretor. Era hora do cinema americano abraçar uma visão bem mais pé no chão. O mito em torno de John Wayne começava a ganhar vida.
Pablo Aluísio.
Tom Mix já se sentia velho e cansado. Cavalgar para ele estava se tornando um problema por causa de dores na coluna. Ele sofria dessas dores há anos, mas agora tudo se tornara insuportável. O estúdio lhe arranjou dublês, mas o público começou a perceber a diferença e assim, procurando manter sua estrela, sua áurea, Mix decidiu se aposentar. Ele queria se retirar antes que se tornasse completamente decadente. Depois de atuar em mais de duzentos filmes ele estava multimilionário e não queria mais saber de cavalos, selas, poeira e tiroteios. Os dias do faroeste tinham chegado também ao fim para Mix.
Com o afastamento de Tom Mix das telas todo um espaço ficou vazio. Quem seria o próximo herói dos filmes de faroeste? Bom, John Wayne estava de olho nesse trono. Esforçado, disciplinado, bom profissional na visão dos diretores da época, John Wayne começou a deixar de lado suas participações como dublê para realmente se tornar ator na frente das telas. Foi um processo gradual. Nos primeiros anos John Wayne ainda procurou se esforçar na universidade, mas depois ele viu que poderia ter grande futuro no mundo do cinema. O pagamento era muito bom, o trabalho era relativamente fácil e a fama, que ele começava a desfrutar, acabou lhe convencendo que ele deveria se esforçar para fazer sucesso no cinema, acima de tudo.
Durante as filmagens de um novo filme, Wayne conversou longamente com o diretor Andrew Bennison. Esse lhe avisou que iria filmar um faroeste em breve e que queria John Wayne em seu elenco. Depois explicou que esse novo western seria mais realista, tentando mostrar o mundo dos cowboys como ele realmente era: com muito suor, trabalho duro e roupas surradas. Nada a ver com Tom Mix e suas roupas engomadinhas. "John, o futuro dos filmes de western será o realismo nu e cru, por isso quero que você apareça como se fosse um cowboy real. Roupas empoeiradas, chapéu amassado, nada de ter um visual como Tom Mix, com seu figurino cheio de estrelinhas e esporas de prata!". Wayne concordou plenamente com a opinião do diretor. Era hora do cinema americano abraçar uma visão bem mais pé no chão. O mito em torno de John Wayne começava a ganhar vida.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 1 de abril de 2025
Os Filmes de Faroeste de John Wayne - Parte 2
O rancho de cavalos do pai de John Wayne não deu certo e rapidamente foi a falência. O lugar era muito seco, sem fonte de água por perto, o que tornava tudo muito difícil. A região no sul da Califórnia era tão seca como o nordeste brasileiro. Com muitas dívidas em bancos e sem perspectiva de um futuro melhor, seu pai vendeu tudo e a família se mudou para Los Angeles, em busca de trabalho.
Nessa época John Wayne já estava saindo da adolescência, o que significava que ele estava prestes a entrar na universidade. Esse era seu velho sonho, não apenas por causa dos estudos em si, mas pelas oportunidades de bolsas dentro do universo do futebol americano universitário. Wayne valorizava demais os esportes e era considerado um bom jogador. Ele estava de olho em um futuro na liga profissional de futebol.
E de fato ele acabou sendo admitido na universidade por causa de seus talentos em campo. Wayne não era muito bom em leituras, mas sabia jogar uma bola de futebol como poucos. Alto, com poder atlético privilegiado, ele via ali uma oportunidade. Seu porte físico também abriu uma porta em um ramo de trabalho que ele jamais imaginaria: o cinema. Durante um intervalo nas aulas da universidade um amigo comentou com ele que um estúdio de cinema ali perto pagava bem por figuração. Atores de porte atlético eram contratados para aparecer em filmes de cowboys por um bom cachê. Dinheiro fácil e rápido.
O Jovem John Wayne foi então com seu amigo em busca desse trabalho. Mal ele sabia que nunca mais deixaria de trabalhar no cinema, se tornando no futuro um dos astros mais populares da sétima arte. A primeira vez que Wayne pisou em um estúdio de cinema foi em 1926, ainda nos tempos do cinema mudo. Ele conseguiu um trabalho de figuração no filme "Mocidade Esportiva", onde acabou interpretando um jogador de futebol da universidade de Yale. Foi uma experiência bem positiva, mas John queria mesmo era fazer um western. Naquele tempo o grande astro de Hollywood dos faroestes era Tom Mix. O astro do western usava chapéus enormes e um figurino todo branco. Era uma figura bem impressionante. Se espelhando nele o jovem John Wayne logo comprou um grande chapéu de cowboy, só que negro. Ele estava pronto para aparecer em seu primeiro faroeste na sua ainda recém iniciada carreira nas telas.
Pablo Aluísio.
Nessa época John Wayne já estava saindo da adolescência, o que significava que ele estava prestes a entrar na universidade. Esse era seu velho sonho, não apenas por causa dos estudos em si, mas pelas oportunidades de bolsas dentro do universo do futebol americano universitário. Wayne valorizava demais os esportes e era considerado um bom jogador. Ele estava de olho em um futuro na liga profissional de futebol.
E de fato ele acabou sendo admitido na universidade por causa de seus talentos em campo. Wayne não era muito bom em leituras, mas sabia jogar uma bola de futebol como poucos. Alto, com poder atlético privilegiado, ele via ali uma oportunidade. Seu porte físico também abriu uma porta em um ramo de trabalho que ele jamais imaginaria: o cinema. Durante um intervalo nas aulas da universidade um amigo comentou com ele que um estúdio de cinema ali perto pagava bem por figuração. Atores de porte atlético eram contratados para aparecer em filmes de cowboys por um bom cachê. Dinheiro fácil e rápido.
O Jovem John Wayne foi então com seu amigo em busca desse trabalho. Mal ele sabia que nunca mais deixaria de trabalhar no cinema, se tornando no futuro um dos astros mais populares da sétima arte. A primeira vez que Wayne pisou em um estúdio de cinema foi em 1926, ainda nos tempos do cinema mudo. Ele conseguiu um trabalho de figuração no filme "Mocidade Esportiva", onde acabou interpretando um jogador de futebol da universidade de Yale. Foi uma experiência bem positiva, mas John queria mesmo era fazer um western. Naquele tempo o grande astro de Hollywood dos faroestes era Tom Mix. O astro do western usava chapéus enormes e um figurino todo branco. Era uma figura bem impressionante. Se espelhando nele o jovem John Wayne logo comprou um grande chapéu de cowboy, só que negro. Ele estava pronto para aparecer em seu primeiro faroeste na sua ainda recém iniciada carreira nas telas.
Pablo Aluísio.
sábado, 1 de março de 2025
Os Filmes de Faroeste de John Wayne - Parte 1
John Wayne nasceu na pequena e distante cidadezinha de Winterset, no estado rural americano de Iowa, em 26 de maio de 1907. Seu nome de batismo era Marion Robert Morrison. É interessante notar que ele nasceu em uma região e em uma cidade que muito se parecia com as cidades do velho oeste onde seus personagens iriam aparecer em seus filmes futuramente. Mais do que isso, no momento em que Wayne nasceu a realidade do velho oeste estava sendo mudada pela chegada da tecnologia e dos avanços dos tempos modernos, mas isso em uma escala ainda não muito perceptível.
Assim John Wayne poderia dizer, como sempre fazia aliás, que havia nascido de verdade numa cidade do velho oeste americano, tal como os pioneiros fundaram na colonização do oeste americano. Andar a cavalo, dirigir uma carruagem e portar armas era algo comum naquela localidade. Em nenhum momento Marion se sentiria fora de seu habitat natural nos filmes em que atuaria em Hollywood porque sua cidade natal se parecia demais com o cenário deles. Na verdade Wayne era tão consciente disso que admitia que pouco fez para se inserir naquela realidade dos filmes, já que tudo ali lembrava sua própria infância. "Era como estar em Iowa" - diria depois.
O pai de John Wayne se chamava Clyde Leonard Morrison, Era um imigrante. Ele nasceu na Inglaterra e foi para os Estados Unidos estudar. Descendente de irlandeses ele foi inicialmente para Nova Iorque, mas percebeu que teria melhores oportunidades em Iowa. Assim que chegou pegou o primeiro trem para o oeste. Lá se formou em farmácia e começou a trabalhar como farmacêutico. Depois conheceu Mary Alberta Brown, uma americana. Ela seria a mãe de John Wayne.
A família de John Wayne era de classe média baixa, mas nada lhes faltava. Havia uma boa casa, uma vizinhança muito amigável e tranquilidade reinante. Não havia violência e nem desemprego. Bastava ter disposição para aprender um ofício e começar a trabalhar. Logo os frutos viriam. Era um bom lugar para se viver. A cidade era próspera e tranquila, mas seu pai foi acometido por uma doença pulmonar. Seu médico o aconselhou a procurar um clima mais ameno, pois caso contrário ele poderia desenvolver alguma pneumonia, o que seria fatal. Assim Clyde juntou sua família e resolveu partir rumo à Califórnia. Seu plano era se tornar rancheiro no sul do estado, numa fazenda de criação de cavalos. Foi nela que o ainda adolescente John Wayne passaria grande parte de sua juventude.
Pablo Aluísio.
Assim John Wayne poderia dizer, como sempre fazia aliás, que havia nascido de verdade numa cidade do velho oeste americano, tal como os pioneiros fundaram na colonização do oeste americano. Andar a cavalo, dirigir uma carruagem e portar armas era algo comum naquela localidade. Em nenhum momento Marion se sentiria fora de seu habitat natural nos filmes em que atuaria em Hollywood porque sua cidade natal se parecia demais com o cenário deles. Na verdade Wayne era tão consciente disso que admitia que pouco fez para se inserir naquela realidade dos filmes, já que tudo ali lembrava sua própria infância. "Era como estar em Iowa" - diria depois.
O pai de John Wayne se chamava Clyde Leonard Morrison, Era um imigrante. Ele nasceu na Inglaterra e foi para os Estados Unidos estudar. Descendente de irlandeses ele foi inicialmente para Nova Iorque, mas percebeu que teria melhores oportunidades em Iowa. Assim que chegou pegou o primeiro trem para o oeste. Lá se formou em farmácia e começou a trabalhar como farmacêutico. Depois conheceu Mary Alberta Brown, uma americana. Ela seria a mãe de John Wayne.
A família de John Wayne era de classe média baixa, mas nada lhes faltava. Havia uma boa casa, uma vizinhança muito amigável e tranquilidade reinante. Não havia violência e nem desemprego. Bastava ter disposição para aprender um ofício e começar a trabalhar. Logo os frutos viriam. Era um bom lugar para se viver. A cidade era próspera e tranquila, mas seu pai foi acometido por uma doença pulmonar. Seu médico o aconselhou a procurar um clima mais ameno, pois caso contrário ele poderia desenvolver alguma pneumonia, o que seria fatal. Assim Clyde juntou sua família e resolveu partir rumo à Califórnia. Seu plano era se tornar rancheiro no sul do estado, numa fazenda de criação de cavalos. Foi nela que o ainda adolescente John Wayne passaria grande parte de sua juventude.
Pablo Aluísio.
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