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quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Gary Cooper - Biografia


Gary Cooper

Biografia
Gary Cooper nasceu em 7 de maio de 1901, em Helena, no estado de Montana, Estados Unidos. Seu nome de batismo era Frank James Cooper. Filho de pais ingleses, passou parte da infância estudando na Inglaterra antes de retornar aos EUA. Após tentar a carreira de ilustrador e trabalhar em um rancho, mudou-se para Los Angeles, onde começou a trabalhar como figurante em filmes mudos. Sua aparência rústica, o carisma natural e o jeito reservado logo chamaram a atenção dos produtores.

Estréia no cinema – Primeiros filmes
Cooper iniciou sua carreira cinematográfica no final da década de 1920, atuando como figurante em produções de faroeste. Seu primeiro papel de destaque foi em O Álamo – O Despertar de uma Nação (The Winning of Barbara Worth, 1926), ao lado de Ronald Colman e Vilma Banky. O sucesso do filme lhe abriu as portas para papéis maiores nos anos seguintes, já na era do cinema sonoro.

Auge e sucesso em Hollywood
Durante as décadas de 1930 a 1950, Gary Cooper consolidou-se como um dos maiores astros de Hollywood. Sua persona cinematográfica era a do homem íntegro, corajoso e de fala calma — um verdadeiro símbolo do herói americano. Atuou em dramas, romances e, principalmente, em faroestes, gênero no qual se destacou por papéis que valorizavam a honra e o dever moral.

Principais filmes da carreira

  • Sargento York (Sergeant York, 1941)

  • A Mulher Faz o Homem (Mr. Deeds Goes to Town, 1936)

  • Por Quem os Sinos Dobram (For Whom the Bell Tolls, 1943)

  • Matar ou Morrer (High Noon, 1952)

  • Adeus às Armas (A Farewell to Arms, 1932)

  • O Galante Aventureiro (Beau Geste, 1939)

  • O Ídolo de Cristal (The Pride of the Yankees, 1942)

  • O Homem do Oeste (Man of the West, 1958)

Últimos filmes
Nos últimos anos de sua carreira, Cooper enfrentou problemas de saúde, mas continuou atuando. Seus últimos trabalhos incluem O Homem do Oeste (Man of the West, 1958) e O Prêmio (The Naked Edge, 1961), lançado após sua morte.

Filmes de western estrelados por Gary Cooper

  • O Álamo – O Despertar de uma Nação (The Winning of Barbara Worth, 1926)

  • A Legião do Deserto (The Plainsman, 1936)

  • A História de Frank James (The Westerner, 1940)

  • Rio Vermelho (Along Came Jones, 1945)

  • Matar ou Morrer (High Noon, 1952)

  • O Homem do Oeste (Man of the West, 1958)

  • Dallas, Cidade do Ódio (Dallas, 1950)

  • Vera Cruz (Vera Cruz, 1954)

Vida Pessoal
Gary Cooper casou-se em 1933 com Veronica Balfe (conhecida como Sandra Shaw), uma socialite e atriz ocasional. O casal teve uma filha, Maria Cooper. Apesar da imagem pública de homem íntegro, Cooper teve relacionamentos extraconjugais notórios com atrizes como Clara Bow, Lupe Vélez e Patricia Neal. Era conhecido por sua discrição e vida reservada fora dos estúdios.

Morte do ator
Gary Cooper faleceu em 13 de maio de 1961, em Beverly Hills, Califórnia, vítima de câncer de próstata, apenas seis dias após completar 60 anos. Sua morte causou grande comoção em Hollywood e entre o público, sendo lembrado como um dos últimos símbolos da era de ouro do cinema clássico americano.

Prêmios e Reconhecimentos

  • Oscar de Melhor Ator por Sargento York (1941)

  • Oscar de Melhor Ator por Matar ou Morrer (1952)

  • Oscar Honorário (1961) pelo conjunto da obra

  • Globo de Ouro de Melhor Ator por Matar ou Morrer (1952)

  • Estrela na Calçada da Fama de Hollywood

Legado
Gary Cooper é lembrado como um dos maiores ícones da história do cinema americano. Sua atuação contida, natural e carismática influenciou gerações de atores, incluindo Clint Eastwood e Kevin Costner. Representou, em seus papéis, o ideal do herói americano — corajoso, justo e de princípios firmes. Até hoje, é símbolo do faroeste clássico e do cinema de integridade moral e simplicidade.

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Gary Cooper - Cronologia


Cronologia – Gary Cooper

1901 – Nasce em 7 de maio, em Helena, Montana (EUA), com o nome de Frank James Cooper.

1910–1912 – Muda-se para a Inglaterra, onde estuda por alguns anos.

1914 – Retorna aos Estados Unidos e cresce em um rancho em Montana, desenvolvendo gosto por cavalos e o ambiente rural — algo que marcaria sua carreira nos faroestes.

1924 – Muda-se para Los Angeles e começa a trabalhar como figurante em filmes mudos, especialmente em produções de faroeste.

1926 – Ganha destaque em O Álamo – O Despertar de uma Nação (The Winning of Barbara Worth), tornando-se conhecido em Hollywood.

1929 – Torna-se astro com o sucesso de Asas (Wings), primeiro filme a ganhar o Oscar de Melhor Filme.

1930–1935 – Consolida sua carreira com filmes de aventura e romance, como Marrocos (Morocco, 1930), ao lado de Marlene Dietrich, e Adeus às Armas (A Farewell to Arms, 1932).

1936 – Estoura como astro com A Mulher Faz o Homem (Mr. Deeds Goes to Town), de Frank Capra, que o transforma em símbolo do americano idealista.

1939 – Brilha em O Galante Aventureiro (Beau Geste) e firma-se como um dos atores mais respeitados de Hollywood.

1941 – Vence seu primeiro Oscar de Melhor Ator por Sargento York (Sergeant York).

1942 – Interpreta Lou Gehrig em O Ídolo de Cristal (The Pride of the Yankees), papel aclamado pela crítica.

1943 – É indicado novamente ao Oscar por Por Quem os Sinos Dobram (For Whom the Bell Tolls), baseado no romance de Ernest Hemingway.

1952 – Ganha o segundo Oscar de Melhor Ator por Matar ou Morrer (High Noon), um dos faroestes mais importantes da história do cinema.

1954 – Atua ao lado de Burt Lancaster em Vera Cruz, clássico do western dirigido por Robert Aldrich.

1958 – Protagoniza O Homem do Oeste (Man of the West), considerado seu último grande faroeste.

1960 – Recebe um Oscar Honorário pelo conjunto da obra, entregue por James Stewart em uma cerimônia marcada pela emoção.

1961 – Morre em 13 de maio, aos 60 anos, em Beverly Hills, vítima de câncer de próstata.

Pós-1961 – Sua imagem permanece como símbolo do herói americano clássico, sendo reverenciado por críticos, historiadores e colegas do cinema.

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Gary Cooper - Curiosidades


Curiosidades sobre Gary Cooper
  1. Nome artístico acidental – Seu nome verdadeiro era Frank James Cooper, mas adotou “Gary” por sugestão de um amigo que o comparou aos homens durões de Gary, Indiana.

  2. Começo como dublê de cavalo – Antes de ser astro, Cooper começou como figurante e dublê em cenas de cavalgadas e quedas em filmes de faroeste. Seu talento com cavalos e postura natural o destacaram entre dezenas de aspirantes.

  3. Estilo minimalista de atuação – Cooper ficou conhecido por atuar com poucos gestos e falas curtas. Essa forma contida e autêntica de interpretar influenciou atores como Clint Eastwood, James Stewart e Kevin Costner.

  4. Amigo de Ernest Hemingway – Era grande amigo do escritor Ernest Hemingway, que o admirava e se inspirou nele para personagens masculinos de suas obras. Cooper, por sua vez, estrelou Por Quem os Sinos Dobram, adaptação de um dos romances mais famosos de Hemingway.

  5. Ídolo de John Wayne – John Wayne considerava Cooper um de seus maiores modelos. Quando Cooper adoeceu, Wayne recebeu o Oscar honorário em seu nome, emocionado e com lágrimas nos olhos.

  6. Figura reservada fora das telas – Apesar de ser um dos maiores galãs de Hollywood, Cooper evitava festas e vida noturna. Era descrito como tímido, introspectivo e avesso ao estrelato.

  7. Relações amorosas marcantes – Teve romances com estrelas como Clara Bow, Marlene Dietrich, Lupe Vélez e Patricia Neal. O caso com Neal, inclusive, abalou seu casamento e foi amplamente noticiado na época.

  8. Amor pela natureza – Cooper amava caçar, pescar e cavalgar. Costumava passar meses em seu rancho em Sun Valley, Idaho, longe da agitação de Hollywood.

  9. Herói de guerra “não oficial” – Embora não tenha servido nas Forças Armadas, foi tão identificado com o ideal americano durante a Segunda Guerra Mundial que recebeu homenagens de veteranos e até de generais norte-americanos.

  10. Influência duradoura – Sua postura firme, o jeito calmo e a moral inabalável o transformaram em um arquétipo do herói americano. Décadas depois, diretores como Fred Zinnemann e Clint Eastwood citaram-no como referência direta na construção de personagens do faroeste moderno.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Gary Cooper no Velho Oeste - Parte 2

Gary Cooper no Velho Oeste - Parte 2
Demorou um tempo para que Gary Cooper finalmente se tornasse um astro de cinema, com seu nome estampado em cartazes dos filmes e tudo o mais que estrelas tinham direito. Apenas alguns meses depois ele finalmente foi alçado a essa posição pela Paramount Pictures. O filme se chamava "Bandoleiro Romântico" (Arizona Bound). Era um faroeste de matinê, mas com toques de romantismo, como bem deixava claro o título da produção no Brasil. Cooper interpretava um cowboy chamado Dave Saulter. Ele vagava pelo velho oeste até chegar em uma pequena cidadezinha (velha fórmula dos filmes de western americano). 

Para seu azar chegava na cidade no mesmo dia em que estava sendo roubado do banco local um carregamento de ouro em uma diligência. Claro que tanto ouro assim chamaria a atenção de ladrões e bandoleiros. Cooper assim assumia a figura do mocinho bem intencionado, que salvava inclusive a sua nova amada, interpretada pela bela Betty Jewel, até que conseguisse recuperar o ouro roubado, prendendo todos os bandidos. Filme de praxe, bem de acordo com o que era produzido naqueles tempos. Acabou fazendo sucesso de bilheteria, firmando Cooper como nome comercialmente viável para os estúdios. Nascia mais um cowboy heroico das telas.

Em Hollywood, era normal a assinatura de um contrato com os estúdios com prazo de validade de 7 anos. Esse contrato poderia ter cláusula de exclusividade ou não, dependendo da habilidade do agente de cada ator. Ele assinou um contrato desse tipo com a Paramount e outros ao longo dos anos pois seus filmes renderiam ótimos bilheterias, se transformando em um astro de cinema da velha Hollywood.  Com o dinheiro, comprou uma bela mansão em Beverly Hills, um bairro que se tornaria exclusivo de pessoas que trabalhavam no mundo do cinema. Ele mandou aumentar a piscina para o padrão olímpico, pois adorava nadar. Também construiu um estábulo nos fundos da casa, pois investiu em sua própria criação de cavalos. Não confiava muito nos cavalos de estúdio e tinha medo de sofrer algum acidente mais sério nas cenas de ação, assim começou a ter sua própria criação de cavalos puro-sangue, todos importados da Arábia Saudita. Nessa casa ele viveria até o fim de seus dias. 

Os atores trabalhavam muito. Mal saíam das filmagens de um filme e já estavam em outro. Tudo feito de forma industrializada, a toque de caixa. Logo após "Bandoleiro Romântico" Cooper atuou em um drama chamado "Filhos do Divórcio". Ele não era o ator principal do filme (coube essa honra à atriz Clara Bow), mas tinha importância dentro da trama pois interpretava Edward D. 'Ted' Larrabee, um homem cujo coração estava dividido entre duas mulheres, uma delas o amor de sua adolescência. Seu personagem também tinha nuances psicológicas interessantes para um filme dessa época, pois no fundo não queria se casar por causa dos problemas que vivenciou como filho no casamento fracassado de seus próprios pais.

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de julho de 2025

O Bandido Mascarado

Título no Brasil: O Bandido Mascarado
Título Original: Dick Turpin
Ano de Lançamento: 1925
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox Film Corporation
Direção: John G. Blystone
Roteiro: John G. Blystone, Charles Darnton
Elenco: Tom Mix, Gary Cooper, Alan Hale, Philo McCullough, Lucille Hutton, Bull Montana

Sinopse:
Nesse filme de faroeste o astro Tom Mix interpreta um bandoleiro chamado Dick Turpin. Ele ataca diligências ao longo das trilhas rumo ao oeste. Após os roubos ele divide parte do dinheiro roubado com pobres camponeses. Sua jornada acaba quando a coroa inglesa decide levá-lo à justiça, após assaltar uma diligência com nobres ingleses em viagem. 

Comentários:
Em 1925 Gary Cooper faria seu primeiro western! Isso mesmo, já na sua segunda aparição no cinema ele já abraçava o gênero cinematográfico que iria consagrá-lo no anos seguintes. O filme se chamava "O Bandido Mascarado" e era estrelado pelo maior cowboy do cinema na época, o popular Tom Mix. Mix era um sujeito exagerado e esbanjador que acreditava em seu próprio mito. Tinha um enorme carrão com grandes chifres de touro na frente. Sempre se vestindo de forma espalhafatosa, com enormes chapéus brancos, ele soube muito bem se vender para os estúdios de cinema de Hollywood. Em pouco tempo virou um astro dos mais populares. Se dedicando completamente a filmes de faroeste ele foi uma das primeiras lendas do cinema americano. Atuar ao seu lado foi importante para Cooper porque afinal de contas ele se tornou popular para o grande público. Aparecer em um filme de western com Tom Mix era garantia de ser visto pelo público e pelos produtores, sempre em busca de novos astros para esse tipo de produção. Foi o primeiro grande passo de Cooper rumo ao sucesso.

Pablo Aluísio.

sábado, 5 de julho de 2025

Gary Cooper no Velho Oeste - Parte 1

Gary Cooper no Velho Oeste - Parte 1 
Em sua longa carreira o ator Gary Cooper atuou em 117 filmes. Hoje em dia isso jamais se repetiria. Geralmente atores da atualidade atuam em um ou no máximo dois filmes por ano. Só que na época de Cooper o mundo do cinema era bem diferente. Não era raro fazer dez filmes por ano ou até mais do que isso. Conforme o tempo foi passando, realmente o próprio mercado foi regulando esse avalanche de filmes. Os estúdios perceberam que lançar muitos filmes poderia desgastar ou saturar a imagem de seus principais astros. Por isso aos poucos a estratégia foi mudando. De dez filmes / ano, grandes atores como Cooper faziam no máximo quatro ou três anualmente. Ao invés de aparecer em dez filmes B, era melhor fazer apenas dois em produções classe A.

Voltando no tempo vemos que Gary Cooper viveu dois períodos bem distintos em sua carreira, um no cinema mudo, outro no falado. Ele conseguiu romper essa barreira porque tinha uma excelente voz e uma dicção perfeita. Sabe-se que muitos astros e estrelas do cinema mudo não conseguiram sobreviver essa fase de transição na história do cinema. O próprio Charles Chaplin foi um grande opositor da chegada do cinema falado, porque para ele isso tirava a essência da sétima arte. Cooper jamais pensou assim. Ele apenas embarcou nas mudanças e conseguiu ser tão ou mais popular do que antes. O cinema falado não lhe trouxe nenhum problema em sua carreira.

A estreia de Cooper no cinema se deu em 1923 em um filme chamado "The Last Hour". Estrelado por Milton Sills e Carmel Myers, com direção de Edward Sloman, esse era um drama mudo, com toques de filme policial. Nada muito relevante. Cooper foi apenas um extra, um sujeito grandalhão, com cara de mau, cujo personagem sequer tinha nome. Todo mundo precisa começar de algum ponto, não é mesmo? Em 1925 Gary Cooper faria seu primeiro western! Isso mesmo, já na sua segunda aparição no cinema ele já abraçava o gênero cinematográfico que iria consagrá-lo no anos seguintes. O filme se chamava "O Bandido Mascarado" e era estrelado pelo maior cowboy do cinema na época, o popular Tom Mix.

Mix era um sujeito exagerado e esbanjador que acreditava em seu próprio mito. Tinha um enorme carrão com grandes chifres de touro na frente. Sempre se vestindo de forma espalhafatosa, com enormes chapéus brancos, ele soube muito bem se vender para os estúdios de cinema de Hollywood. Em pouco tempo virou um astro dos mais populares. Se dedicando completamente a filmes de faroeste ele foi uma das primeiras lendas do cinema americano. Atuar ao seu lado foi importante para Cooper porque afinal de contas ele se tornou popular para o grande público. Aparecer em um filme de western com Tom Mix era garantia de ser visto pelo público e pelos produtores, sempre em busca de novos astros para esse tipo de produção. Foi o primeiro grande passo de Cooper rumo ao sucesso.

Pablo Aluísio.