quarta-feira, 8 de outubro de 2025
Os Filmes de Faroeste de John Wayne - Parte 10
terça-feira, 7 de outubro de 2025
Os Filmes de Faroeste de John Wayne - Parte 9
sábado, 4 de outubro de 2025
John Wayne (1907–1979)
🕰️ Linha do Tempo – John Wayne (1907–1979)
1907 – Nascimento
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Nasce em 26 de maio de 1907, em Winterset, Iowa (EUA), com o nome Marion Robert Morrison.
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Ganha o apelido “Duke” (Duque), que o acompanharia por toda a vida.
Década de 1920 – Início no cinema
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Trabalha como figurante e assistente de estúdio na Fox Film.
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Começa a aparecer em pequenos papéis, principalmente em filmes mudos.
1930 – Primeira grande chance
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O diretor Raoul Walsh lhe dá o primeiro papel principal em A Grande Jornada (The Big Trail, 1930)*.
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O filme fracassa nas bilheteiras, mas marca sua estreia como protagonista.
Década de 1930 – Anos de aprendizado
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Atua em dezenas de western B, filmes de baixo orçamento que moldam sua imagem de herói do oeste.
1939 – O sucesso chega
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Estoura com o clássico “No Tempo das Diligências” (Stagecoach), dirigido por John Ford.
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Torna-se uma grande estrela de Hollywood.
Década de 1940 – Consolidação
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Atua em sucessos como:
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Rastros de Sangue (The Shepherd of the Hills, 1941)
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Fort Apache (1948)
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Rio Bravo (1948)
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Participa de filmes de guerra durante e após a Segunda Guerra Mundial, reforçando sua imagem patriótica.
Década de 1950 – O auge
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Trabalha em grandes produções de John Ford:
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Rio Grande (1950)
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Depois do Vendaval (The Quiet Man, 1952)
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Rastros de Ódio (The Searchers, 1956)* – considerado seu melhor desempenho dramático.
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Torna-se o ator mais popular dos Estados Unidos por vários anos seguidos.
Década de 1960 – Estrela madura
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Atua em Alamo (1960), que também dirige e produz.
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Outros sucessos: Hatari! (1962), Os Comancheros (1961) e Os Filhos de Katie Elder (1965).
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Em 1969, ganha o Oscar de Melhor Ator por Bravura Indômita (True Grit)*.
Década de 1970 – Últimos trabalhos
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Continua ativo, mesmo enfrentando sérios problemas de saúde.
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Destaques: O Último Pistoleiro (The Shootist, 1976)* – seu último filme, onde interpreta um pistoleiro moribundo, em uma clara metáfora de sua própria condição.
1979 – Morte
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Falece em 11 de junho de 1979, em Los Angeles, vítima de câncer.
1980 – Homenagem póstuma
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Recebe a Medalha de Ouro do Congresso dos EUA por sua contribuição ao cinema e à cultura americana.
🎬 Legado
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Mais de 170 filmes ao longo de 50 anos de carreira.
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Símbolo máximo do western clássico.
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Figura associada à coragem, honra e patriotismo.
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Ícone cultural que influenciou gerações de atores e cineastas.
quinta-feira, 2 de outubro de 2025
A morte de John Wayne
A morte de John Wayne
John Wayne faleceu em 11 de junho de 1979, em Los Angeles, aos 72 anos, vítima de câncer.
Ele já havia enfrentado problemas graves de saúde antes: nos anos 1960, retirou um pulmão e duas costelas devido a um câncer de pulmão. Era fumante pesado, hábito que contribuiu muito para sua condição. Nos últimos anos, debilitado, lutou contra a doença até não resistir.
Foi sepultado no Pacific View Memorial Park, em Corona del Mar, Califórnia. Sua morte marcou profundamente o público norte-americano, que via nele um símbolo nacional.
O legado de John Wayne
O legado de John Wayne é vasto e ainda presente na cultura popular:
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Ícone do western: Atuou em mais de 170 filmes, consolidando a imagem do cowboy corajoso, moralmente firme e defensor da justiça. Filmes como No Tempo das Diligências (1939), Rastros de Ódio (1956) e Bravura Indômita (1969) – que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator – são marcos do gênero.
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Símbolo americano: Wayne foi visto como a personificação do espírito do "Velho Oeste" e dos valores tradicionais dos EUA, associado à bravura, independência e patriotismo.
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Influência cultural: Sua figura inspirou gerações de atores, diretores e até políticos. Até hoje, seu jeito de andar, falar e se portar é imitado e referenciado em filmes, séries e literatura.
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Reconhecimento: Em 1980, um ano após sua morte, o Congresso dos EUA concedeu-lhe a Medalha de Ouro do Congresso, uma das maiores honrarias civis do país.
👉 Em resumo: John Wayne morreu de câncer em 1979, mas deixou como legado a imagem eterna do cowboy e do herói americano, um dos maiores mitos do cinema clássico de Hollywood.
quarta-feira, 1 de outubro de 2025
Filmografia de John Wayne - Parte 1
terça-feira, 30 de setembro de 2025
Clint Eastwood e o Western - Parte 4
terça-feira, 23 de setembro de 2025
Gary Cooper no Velho Oeste - Parte 2
terça-feira, 16 de setembro de 2025
Audie Murphy e o Western - Parte 2
Ele foi considerado um herói pelo exército americano por causa de um ato de bravura demonstrando durante uma batalha contra o exército alemão. Sua companhia foi cercada no meio de uma região de florestas. Seus companheiros de farda quase foram aniquilados completamente. Quem os salvou foi Audie, que usando uma metralhadora ponto 50 conseguiu matar inúmeros soldados nazistas. Isso lhe valeu inúmeras medalhas, mas nem elas compensavam os traumas que Audie Murphy levou para a vida civil depois que a guerra acabou.
Ele falou sobre isso timidamente durante uma entrevista nos anos 60. Ao jornalista que o entrevistava Audie explicou: "Eu poderia continuar no exército por longos anos se quisesse, mas depois da guerra e das coisas que vi pensei comigo mesmo que era o bastante para uma vida inteira. Eu presenciei coisas horríveis no campo de batalha e não tenho vergonha de dizer isso. Muitos dos meus amigos na companhia foram mortos e eles eram apenas garotos de 18 anos, mal saídos das cidadezinhas do interior onde nasceram. Eles nunca tiveram a chance de ter uma vida longa, de se casarem, terem filhos, etc. Ao invés disso morreram em algum buraco ou cratera de bomba na Europa ou no Pacífico. Essa sempre foi para mim a maior tragédia da guerra!".
Esses traumas não deixaram Audie nem mesmo após ele se tornar um ator de relativo sucesso. Muitos que trabalharam ao seu lado dizem que Murphy mantinha uma personalidade tendente a melancolia ou depressão. Quando não estava atuando procurava ficar sozinho, perdido em seus próprios pensamentos. Hollywood para ele era apenas uma forma de trabalho, além disso como costumava dizer: "Gosto dos filmes porque as balas são de mentirinha. Ninguém morre e no final do dia todos estão de volta seguros em suas casas. Exatamente o contrário do que vivi na II Guerra Mundial. Ali no campo de batalha não havia margem para o erro. Errar era fatal!".
Pablo Aluísio.
terça-feira, 9 de setembro de 2025
Randolph Scott e o Velho Oeste - Parte 4
O roteiro desse western era bem interessante, mostrando os conflitos e lutas de um rancheiro que desejava tocar sua vida em uma região inóspita, bem no meio do deserto do Arizona. As filmagens foram feitas em locações desérticas, algo que exigiu muito do elenco e da equipe técnica. Scott ficou bem amigo da estrela do filme, Sally Blane. Essa aproximação (que não passava de simples amizade) acabou caindo nas revistas de fofocas, onde se dizia que os dois atores estavam tendo um caso no set de filmagens. "Pura mentira, mas que ajudava a promover o filme" - relembraria anos depois o próprio ator.
"Wild Horse Mesa" foi sucesso de bilheteria. Ainda hoje é cultuado pelos fãs do gênero western. Um bom filme certamente, embora não fugisse muita da mitologia auto centrada que os estúdios de cinema tinham criado para os filmes de faroeste. Havia o mocinho, a mocinha que seria conquistada, os vilões malvados e, é claro, a exuberância dos cenários naturais. A diferença é que o filme foi dirigido pelo grande e talentoso cineasta Henry Hathaway que iria se notabilizar em Hollywood pela diversidade de filmes que dirigiu. Embora tenha feito também grandes filmes de western, inclusive ao lado de John Wayne, esse cineasta procurava ser o mais eclético possível, passeando por todos os tipos de filmes, sem ficar preso a nenhum gênero.
Algo que Randolph Scott tentou no começo da carreira, embora no íntimo ele soubesse que seu futuro vinha mesmo dos filmes de faroeste. Seu próximo filme demontra bem isso, um dos poucos filmes de terror e suspense da filmografia de Randolph Scott. "Vingança Diabólica" foi dirigido por A. Edward Sutherland, um cineasta inglês que tentava melhorar a qualidade dos filmes de terror nos Estados Unidos. Os ingleses eram considerados mestres no suspense cinematográfico naquela época. "Não deu certo!" - confidenciaria anos depois o ator. "Eu não fui bem nesse filme. Estava deslocado, sem saber muito bem o que fazer! Essa coisa de terror não era a minha área." Ao contrário do faroeste anterior essa fita com ares de cinema noir foi um fracasso de bilheteria, fazendo com que Randolph Scott começasse a se concentrar nos cavalos, nas esporas, nas estrelas de xerife e nos duelos ao pôr do sol. Os filmes de western eram mesmo o seu porto seguro em termos de público e crítica.
Pablo Aluísio.