Um dos criminosos mais infames do velho oeste, a história do pistoleiro e ladrão Jesse James deu origem a diversos filmes ao longo da história. Um dos mais lembrados é esse clássico da década de 1930. Não há como negar que o roteiro desse filme seja bem romanceado, mas mesmo assim tenta manter um pé na realidade dos fatos históricos. O filme inclusive contou com consultores históricos para recriar a biografia do famoso criminoso de forma mais fiel aos acontecimentos reais. No começo da história ainda há uma tentativa de justificar a entrada de Jesse James no mundo do crime, mas depois, de forma acertada, o texto demonstra a mudança em sua personalidade quando ele se torna realmente um criminoso por vontade própria, ciente de seus atos. Embora haja traços do Jesse James da literatura de entretenimento, dos famosos livros de bolso que ajudaram a popularizar seu nome, o roteiro procura sempre seguir os fatos reais quando possível. A cena final de seu assassinato, embora com erros históricos, é bem realizada.
Um dos melhores motivos para se assistir “Jesse James” é o seu elenco. Tyrone Power está bem como o personagem principal, embora haja limitações em sua caracterização pois ele está de certa forma muito polido em cena (o verdadeiro Jesse James era mais turrão e rude). Melhor se sai Henry Fonda, com trejeitos rústicos do interior, sempre cuspindo fumo e com olhar de caipirão desconfiado. Sua atuação demonstra uma preocupação maior em construir um personagem mais próximo da realidade. Seu Frank James não aparece muito, mas quando surge chama bem a atenção. A atriz Nancy Kelly que faz a esposa de James surpreende em ótimas cenas. São dela inclusive os momentos mais dramáticos como àquele em que resolve ir embora com o filho recém nascido. Por fim, completando o núcleo do elenco principal temos Randolph Scott. Em papel coadjuvante o ator está excepcionalmente bem na pele de um sujeito que caça Jesse James no começo do filme, mas que depois compreende a situação do criminoso e acaba mudando de atitude, ajudando inclusive sua família.
Embota não tenha sido creditado o filme foi produzido pessoalmente pelo chefão da Fox, Darryl F. Zanuck. Isso significa que “Jesse James” contou com o melhor que estava disponível na época no estúdio. De fato a produção é de muito bom gosto, com boa reconstituição de época (inclusive no que diz respeito a pequenos detalhes como figurino). Há ótimas cenas de roubos de trens, bancos e perseguições. Uma sequência que inclusive chama a atenção até hoje é aquela em que Jesse e Frank James pulam com seus cavalos do alto de um despenhadeiro em um rio abaixo. Pela altura e pela coragem dos dublês o resultado final realmente impressiona. A nota triste é que os animais foram sacrificados após soltarem daquela altura o que levou o filme a ser enquadrado em uma lista do American Human Associate por crueldade animal em filmes de Hollywood.
Já em termos de direção, não há mesmo o que reclamar. O diretor Henry King soube ser conciso em “Jesse James” e realizou um trabalho enxuto e eficiente. Evitou glamorizar a vida do criminoso. Como o filme teve um cronograma de filmagens muito austero, o cineasta Henry King contou com a ajuda de outro diretor da Fox, Irving Cummings, que acabou não sendo creditado. Henry King aqui trabalhou novamente ao lado de um de seus atores preferidos, Tyrone Power. Juntos tiveram grandes êxitos de bilheteria em filmes de capa e espada – sendo esse “Jesse James” mais uma bem sucedida parceria entre eles, embora em um estilo completamente diferente. O filme foi a quarta maior bilheteria do ano só ficando atrás apenas de fenômenos como “E o Vento Levou” e “O Mágico de Oz”.
Jesse James (Jesse James, Estados Unidos, 1939) Direção: Henry King / Roteiro: Nunnally Johnson, Gene Fowler, Curtis Kenyon, Hal Long / Elenco: Tyrone Power, Henry Fonda, Nancy Kelly, Randolph Scott, Donald Meek, John Carradine / Sinopse: Cinebiografia do famoso criminoso Jesse James (Tyrone Power) que ao lado de seu irmão Frank James (Henry Fonda) assaltava bancos, trens e diligências no velho oeste.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 7 de abril de 2025
domingo, 6 de abril de 2025
Randolph Scott e o Velho Oeste - Parte 2
Os primeiros filmes de Randolph Scott foram apenas testes, formas do estúdio em verificar se ele ficava bem em cena. Sua estreia nas telas se deu em 1928, ainda no cinema mudo, em uma produção chamada "Rumo ao Amor". É curioso notar que desde os primeiros trabalhos no cinema, Scott não se importou em fazer todos os tipos de filmes. Aliás ele estava mesmo pensando que iria se tornar um ator ao estilo Cary Grant. Ele estava pronto para ser um galã de filmes mais românticos se fosse preciso.
Sua amizade com Grant aliás foi uma das mais duradouras fofocas da história de Hollywood. Quando eram apenas jovens atores aspirantes ao estrelato, eles resolveram dividir uma bela casa nas colinas de Hollywood. Era algo natural acontecer já que nenhum dos dois tinha dinheiro suficiente para bancar uma bela mansão com piscina sem a ajuda do outro. Então, como eram amigos mesmo, resolveram dividir o aluguel, indo morar juntos. Acontece que o estúdio contratou uma equipe de fotógrafos para tirar uma série de fotos promocionais em sua residência. A proposta era mostrar o cotidiano de dois jovens atores de Hollywood.
O problema é que a tentativa de mostrar um lado mais, digamos, pessoal e privado da vida deles, acabou criando uma incômoda sensação de que eles tinham um relacionamento íntimo demais para dois homens. Não demorou muito e os boatos de que era gays começou a se espalhar. Tanto Scott como Grant não pareceram se importar muito com esses rumores, tanto que jamais deixaram de ser amigos, de saírem juntos, indo a campos de golfe, jantares e premiações.
Anos depois, já casados, a "teoria gay" acabaria virando uma piada divertida entre eles. De qualquer forma, voltando para aqueles anos, o fato é que morar bem, em uma casa bonita nas colinas, abriu várias portas para Scott e Grant. Eles convidaram diretores, produtores, atrizes e atores para festas, jantares e recepções. Era assim que um ator conseguia ser escalado para filmes em Hollywood. Randolph Scott aliás era um grande anfitrião nessas ocasiões. Dono de uma conversa agradável, com aquela educação sulista tão carismática, ele logo deixaria de pedir por trabalho, recebendo ao invés disso, cada vez mais convites para integrar elencos de novos filmes. A estratégia que havia criado ao lado de seu amigo Cary Grant havia dado muito certo.
Pablo Aluísio.
Sua amizade com Grant aliás foi uma das mais duradouras fofocas da história de Hollywood. Quando eram apenas jovens atores aspirantes ao estrelato, eles resolveram dividir uma bela casa nas colinas de Hollywood. Era algo natural acontecer já que nenhum dos dois tinha dinheiro suficiente para bancar uma bela mansão com piscina sem a ajuda do outro. Então, como eram amigos mesmo, resolveram dividir o aluguel, indo morar juntos. Acontece que o estúdio contratou uma equipe de fotógrafos para tirar uma série de fotos promocionais em sua residência. A proposta era mostrar o cotidiano de dois jovens atores de Hollywood.
O problema é que a tentativa de mostrar um lado mais, digamos, pessoal e privado da vida deles, acabou criando uma incômoda sensação de que eles tinham um relacionamento íntimo demais para dois homens. Não demorou muito e os boatos de que era gays começou a se espalhar. Tanto Scott como Grant não pareceram se importar muito com esses rumores, tanto que jamais deixaram de ser amigos, de saírem juntos, indo a campos de golfe, jantares e premiações.
Anos depois, já casados, a "teoria gay" acabaria virando uma piada divertida entre eles. De qualquer forma, voltando para aqueles anos, o fato é que morar bem, em uma casa bonita nas colinas, abriu várias portas para Scott e Grant. Eles convidaram diretores, produtores, atrizes e atores para festas, jantares e recepções. Era assim que um ator conseguia ser escalado para filmes em Hollywood. Randolph Scott aliás era um grande anfitrião nessas ocasiões. Dono de uma conversa agradável, com aquela educação sulista tão carismática, ele logo deixaria de pedir por trabalho, recebendo ao invés disso, cada vez mais convites para integrar elencos de novos filmes. A estratégia que havia criado ao lado de seu amigo Cary Grant havia dado muito certo.
Pablo Aluísio.
sábado, 5 de abril de 2025
A Grande Estirada
Título no Brasil: A Grande Estirada
Título Original: The Big Stampede
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Leon Schlesinger Studios
Direção: Tenny Wright
Roteiro: Marion Jackson, Kurt Kempler
Elenco: John Wayne, Noah Beery, Paul Hurst, Mae Madison, Luis Alberni, Berton Churchill
Sinopse:
Com roteiro baseado no livro de faroeste "The Land Beyond the Law", escrito por Marion Jackson, o filme conta a estória do xerife John Steele (John Wayne), um homem da lei honesto que tenta colocar lei e ordem numa região cheia de ladrões de gado e matadores de aluguel.
Comentários:
Em 1932 chegou aos cinemas o filme "A Grande Estirada" (The Big Stampede). John Wayne interpretou um xerife, John Steele. Em um lugar remoto no meio do deserto, sem homens para apoiá-lo na captura de um violento pistoleiro e sua quadrilha, ele se vê forçado a recrutar cowboys comuns, alguns até mesmo com histórico de prisão, para enfrentar os demais criminosos. Esse foi outro filme de Wayne na Warner Bros, outra fita rápida com apenas 54 minutos de duração. Com direção de Tenny Wright e roteiro escrito a partir do conto "The Land Beyond the Law" de Marion Jackson, o filme era mais um a ser exibido em matinês por cinemas em toda a América. A estratégia de lançamento desse tipo de produção era simples e lucrativa. Os filmes eram exibidos geralmente em sessões duplas, com outras produções, a preços promocionais. Baratos e altamente lucrativos, fizeram a fortuna de muitos produtores na época.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Big Stampede
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Leon Schlesinger Studios
Direção: Tenny Wright
Roteiro: Marion Jackson, Kurt Kempler
Elenco: John Wayne, Noah Beery, Paul Hurst, Mae Madison, Luis Alberni, Berton Churchill
Sinopse:
Com roteiro baseado no livro de faroeste "The Land Beyond the Law", escrito por Marion Jackson, o filme conta a estória do xerife John Steele (John Wayne), um homem da lei honesto que tenta colocar lei e ordem numa região cheia de ladrões de gado e matadores de aluguel.
Comentários:
Em 1932 chegou aos cinemas o filme "A Grande Estirada" (The Big Stampede). John Wayne interpretou um xerife, John Steele. Em um lugar remoto no meio do deserto, sem homens para apoiá-lo na captura de um violento pistoleiro e sua quadrilha, ele se vê forçado a recrutar cowboys comuns, alguns até mesmo com histórico de prisão, para enfrentar os demais criminosos. Esse foi outro filme de Wayne na Warner Bros, outra fita rápida com apenas 54 minutos de duração. Com direção de Tenny Wright e roteiro escrito a partir do conto "The Land Beyond the Law" de Marion Jackson, o filme era mais um a ser exibido em matinês por cinemas em toda a América. A estratégia de lançamento desse tipo de produção era simples e lucrativa. Os filmes eram exibidos geralmente em sessões duplas, com outras produções, a preços promocionais. Baratos e altamente lucrativos, fizeram a fortuna de muitos produtores na época.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 4 de abril de 2025
Pena de Talião
Título Original: Ride Him, Cowboy
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Fred Allen
Roteiro: Kenneth Perkins, Scott Mason
Elenco: John Wayne, Ruth Hall, Henry B. Walthall, Otis Harlan, Harry Gribbon, Frank Hagney
Sinopse:
John Wayne interpreta um cowboy chamado John Drury. Em uma cidade do velho oeste ele encontrava todos os tipos de gente, desde a mocinha romântica em perigo, até um grupo de bandoleiros sob às ordens do manda-chuva do lugar.
Comentários:
Em 1932 John Wayne voltou para os filmes de faroeste. A fita da vez se chamava "Pena de Talião" (Ride Him, Cowboy). Com direção de Fred Allen e roteiro escrito pela dupla Kenneth Perkins e Scott Mason, esse western de matinê era mais um passo para que Wayne se tornasse um verdadeiro astro de cinema. Esse também foi um dos primeiros trabalhos de Wayne na poderosa Warner Bros, conhecido estúdio que sempre caprichava em suas produções. Conforme podemos ver no poster original um destaque dessa fita era a presença do cavalo treinado Duke, um alazão muito bonito e forte, que acabou roubando várias cenas do próprio John Wayne. O curioso é que embora tenha se tornado um dos astros mais populares desse tipo de filme, ele nunca teria um cavalo ligado ao seu mito, como aconteceu por exemplo com Roy Rogers e Trigger. Ao invés disso preferiu deixar os animais de seus filmes em segundo plano, com exceção talvez única desse filme onde o "Duke" ganhou espaço até mesmo no cartaz da fita.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 3 de abril de 2025
Na Pista do Traidor
Título no Brasil: Na Pista do Traidor
Título Original: Riders of Destiny
Ano de Produção: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Robert N. Bradbury
Roteiro: Robert N. Bradbury
Elenco: John Wayne, Cecilia Parker, Forrest Taylor, George 'Gabby' Hayes, Yakima Canutt, Al St. John
Sinopse:
James Kincaid (Forrest Taylor) é um bandoleiro fora-da-lei que começa a dominar as fontes de água em uma região com muitos desertos no velho oeste americano. Ele planeja ter o controle de todas elas para extorquir os fazendeiros e criadores de gado. O governo americano então envia um agente disfarçado, Singin' Sandy Saunders (John Wayne), para garantir o acesso à água de todos os cidadãos e moradores do lugar, o que obviamente dá origem a um confronto entre ele o bandido, tudo culminando em um duelo mortal pelas areias escaldantes do deserto.
Comentários:
Mais um filme pioneiro de John Wayne nos estúdios da Republic. Durante muitas décadas pensou-se que essas primeiras fitas com o astro John Wayne tinham se perdido para sempre, pois os acervos de velhos estúdios, há muito fechados, como a Republic, tinham desaparecido. Para alguns tudo teria sido destruído em um grande incêndio nos anos 50. Assim se pensou até que nos anos 70 um antigo colecionador, fã de John Wayne, resolveu doar suas cópias (as únicas ainda existentes) para uma instituição de preservação de filmes antigos da Califórnia. Esse "Riders of Destiny" fazia parte dessa coleção. Nos anos 90 a maioria desses curtas e média-metragens - que tinham no máximo 60 minutos de duração - foram lançados em boxes nos Estados Unidos e Europa no formato de DVD. Uma excelente notícia pois dessa forma essas obras cinematográficas se tornam mais preservadas para a posteridade. De modo em geral o filme segue uma linha industrial que era bem comum na época. Os roteiros são bem simplificados, explorando o eterno duelo entre o bem e o mal. John Wayne, ainda bem jovem, já se destacava, com seus maneirismos típicos. A lenda ainda não estava completamente formada, mas já demonstrava sinais do que um dia iria se tornar.
Pablo Aluísio
Título Original: Riders of Destiny
Ano de Produção: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Robert N. Bradbury
Roteiro: Robert N. Bradbury
Elenco: John Wayne, Cecilia Parker, Forrest Taylor, George 'Gabby' Hayes, Yakima Canutt, Al St. John
Sinopse:
James Kincaid (Forrest Taylor) é um bandoleiro fora-da-lei que começa a dominar as fontes de água em uma região com muitos desertos no velho oeste americano. Ele planeja ter o controle de todas elas para extorquir os fazendeiros e criadores de gado. O governo americano então envia um agente disfarçado, Singin' Sandy Saunders (John Wayne), para garantir o acesso à água de todos os cidadãos e moradores do lugar, o que obviamente dá origem a um confronto entre ele o bandido, tudo culminando em um duelo mortal pelas areias escaldantes do deserto.
Comentários:
Mais um filme pioneiro de John Wayne nos estúdios da Republic. Durante muitas décadas pensou-se que essas primeiras fitas com o astro John Wayne tinham se perdido para sempre, pois os acervos de velhos estúdios, há muito fechados, como a Republic, tinham desaparecido. Para alguns tudo teria sido destruído em um grande incêndio nos anos 50. Assim se pensou até que nos anos 70 um antigo colecionador, fã de John Wayne, resolveu doar suas cópias (as únicas ainda existentes) para uma instituição de preservação de filmes antigos da Califórnia. Esse "Riders of Destiny" fazia parte dessa coleção. Nos anos 90 a maioria desses curtas e média-metragens - que tinham no máximo 60 minutos de duração - foram lançados em boxes nos Estados Unidos e Europa no formato de DVD. Uma excelente notícia pois dessa forma essas obras cinematográficas se tornam mais preservadas para a posteridade. De modo em geral o filme segue uma linha industrial que era bem comum na época. Os roteiros são bem simplificados, explorando o eterno duelo entre o bem e o mal. John Wayne, ainda bem jovem, já se destacava, com seus maneirismos típicos. A lenda ainda não estava completamente formada, mas já demonstrava sinais do que um dia iria se tornar.
Pablo Aluísio
quarta-feira, 2 de abril de 2025
A Lei da Coragem
Título no Brasil: A Lei da Coragem
Título Original: Two-Fisted Law
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: D. Ross Lederman
Roteiro: William Colt MacDonald, Kurt Kempler
Elenco: Tim McCoy, John Wayne, Alice Day, Wheeler Oakman, Tully Marshall, Wallace MacDonald
Sinopse:
Tim Clark (Tim McCoy), um pacato e honesto rancheiro do Texas, vê sua paz e tranquilidade acabar quando alguns mineradores encontram prata nas montanhas que circulam sua propriedade rural. Agora todos cobiçam seu rancho e querem liquidá-lo para colocar as mãos no rancho que lhe pertence.
Comentários:
John Wayne se saiu tão bem na fita anterior que foi produzida pela Columbia Pictures que logo foi escalado também para outro bang-bang de Tim McCoy. Esse segundo filme, também rodado e lançado em 1932 se chamava "A Lei da Coragem" (Two-Fisted Law). O roteiro era bem simples, mas movimentado e divertido. No centro da trama tínhamos um pacato rancheiro que acaba se vendo no meio de uma disputa por prata nas montanhas próximas de sua propriedade rural. Curiosamente nesse filme John Wayne usou o nome de Duke, que nomeava seu personagem e que também era o seu apelido pessoal, bem conhecido de todos que frequentavam sua recém comprada casa em Hollywood. O Duke do roteiro foi levado pelo próprio Duke, ou seja, ele mesmo, John Wayne. Algo que soava bem familiar para todos os seus amigos próximos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Two-Fisted Law
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: D. Ross Lederman
Roteiro: William Colt MacDonald, Kurt Kempler
Elenco: Tim McCoy, John Wayne, Alice Day, Wheeler Oakman, Tully Marshall, Wallace MacDonald
Sinopse:
Tim Clark (Tim McCoy), um pacato e honesto rancheiro do Texas, vê sua paz e tranquilidade acabar quando alguns mineradores encontram prata nas montanhas que circulam sua propriedade rural. Agora todos cobiçam seu rancho e querem liquidá-lo para colocar as mãos no rancho que lhe pertence.
Comentários:
John Wayne se saiu tão bem na fita anterior que foi produzida pela Columbia Pictures que logo foi escalado também para outro bang-bang de Tim McCoy. Esse segundo filme, também rodado e lançado em 1932 se chamava "A Lei da Coragem" (Two-Fisted Law). O roteiro era bem simples, mas movimentado e divertido. No centro da trama tínhamos um pacato rancheiro que acaba se vendo no meio de uma disputa por prata nas montanhas próximas de sua propriedade rural. Curiosamente nesse filme John Wayne usou o nome de Duke, que nomeava seu personagem e que também era o seu apelido pessoal, bem conhecido de todos que frequentavam sua recém comprada casa em Hollywood. O Duke do roteiro foi levado pelo próprio Duke, ou seja, ele mesmo, John Wayne. Algo que soava bem familiar para todos os seus amigos próximos.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 1 de abril de 2025
Os Filmes de Faroeste de John Wayne - Parte 2
O rancho de cavalos do pai de John Wayne não deu certo e rapidamente foi a falência. O lugar era muito seco, sem fonte de água por perto, o que tornava tudo muito difícil. A região no sul da Califórnia era tão seca como o nordeste brasileiro. Com muitas dívidas em bancos e sem perspectiva de um futuro melhor, seu pai vendeu tudo e a família se mudou para Los Angeles, em busca de trabalho.
Nessa época John Wayne já estava saindo da adolescência, o que significava que ele estava prestes a entrar na universidade. Esse era seu velho sonho, não apenas por causa dos estudos em si, mas pelas oportunidades de bolsas dentro do universo do futebol americano universitário. Wayne valorizava demais os esportes e era considerado um bom jogador. Ele estava de olho em um futuro na liga profissional de futebol.
E de fato ele acabou sendo admitido na universidade por causa de seus talentos em campo. Wayne não era muito bom em leituras, mas sabia jogar uma bola de futebol como poucos. Alto, com poder atlético privilegiado, ele via ali uma oportunidade. Seu porte físico também abriu uma porta em um ramo de trabalho que ele jamais imaginaria: o cinema. Durante um intervalo nas aulas da universidade um amigo comentou com ele que um estúdio de cinema ali perto pagava bem por figuração. Atores de porte atlético eram contratados para aparecer em filmes de cowboys por um bom cachê. Dinheiro fácil e rápido.
O Jovem John Wayne foi então com seu amigo em busca desse trabalho. Mal ele sabia que nunca mais deixaria de trabalhar no cinema, se tornando no futuro um dos astros mais populares da sétima arte. A primeira vez que Wayne pisou em um estúdio de cinema foi em 1926, ainda nos tempos do cinema mudo. Ele conseguiu um trabalho de figuração no filme "Mocidade Esportiva", onde acabou interpretando um jogador de futebol da universidade de Yale. Foi uma experiência bem positiva, mas John queria mesmo era fazer um western. Naquele tempo o grande astro de Hollywood dos faroestes era Tom Mix. O astro do western usava chapéus enormes e um figurino todo branco. Era uma figura bem impressionante. Se espelhando nele o jovem John Wayne logo comprou um grande chapéu de cowboy, só que negro. Ele estava pronto para aparecer em seu primeiro faroeste na sua ainda recém iniciada carreira nas telas.
Pablo Aluísio.
Nessa época John Wayne já estava saindo da adolescência, o que significava que ele estava prestes a entrar na universidade. Esse era seu velho sonho, não apenas por causa dos estudos em si, mas pelas oportunidades de bolsas dentro do universo do futebol americano universitário. Wayne valorizava demais os esportes e era considerado um bom jogador. Ele estava de olho em um futuro na liga profissional de futebol.
E de fato ele acabou sendo admitido na universidade por causa de seus talentos em campo. Wayne não era muito bom em leituras, mas sabia jogar uma bola de futebol como poucos. Alto, com poder atlético privilegiado, ele via ali uma oportunidade. Seu porte físico também abriu uma porta em um ramo de trabalho que ele jamais imaginaria: o cinema. Durante um intervalo nas aulas da universidade um amigo comentou com ele que um estúdio de cinema ali perto pagava bem por figuração. Atores de porte atlético eram contratados para aparecer em filmes de cowboys por um bom cachê. Dinheiro fácil e rápido.
O Jovem John Wayne foi então com seu amigo em busca desse trabalho. Mal ele sabia que nunca mais deixaria de trabalhar no cinema, se tornando no futuro um dos astros mais populares da sétima arte. A primeira vez que Wayne pisou em um estúdio de cinema foi em 1926, ainda nos tempos do cinema mudo. Ele conseguiu um trabalho de figuração no filme "Mocidade Esportiva", onde acabou interpretando um jogador de futebol da universidade de Yale. Foi uma experiência bem positiva, mas John queria mesmo era fazer um western. Naquele tempo o grande astro de Hollywood dos faroestes era Tom Mix. O astro do western usava chapéus enormes e um figurino todo branco. Era uma figura bem impressionante. Se espelhando nele o jovem John Wayne logo comprou um grande chapéu de cowboy, só que negro. Ele estava pronto para aparecer em seu primeiro faroeste na sua ainda recém iniciada carreira nas telas.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 25 de março de 2025
O Matador
Jimmy Ringo (Gregory Peck) é um famoso pistoleiro do velho oeste que chega na pequena cidade de Cayenne. Ele almeja reencontrar a mãe de seu filho, além de finalmente encontrar o garoto que não vê há muitos anos. O problema é que Ringo não consegue se desvencilhar de sua fama de rápido no gatilho. Isso lhe causa todo tipo de problemas pois sempre encontra pela frente alguém que queira desafiá-lo para um duelo. Além disso as mortes que causou nunca o deixam em paz pois sempre há alguém na espreita tentando vingar um parente, um filho ou um amigo morto por Ringo.
Esse “O Matador” é um clássico absoluto do chamado western psicológico. Aqui acompanhamos Ringo tentando ter um momento de normalidade em sua vida, algo simplesmente impossível pois sua fama o precede. Assim que chega na nova cidade a garotada corre para ver o famoso pistoleiro em pessoa. Os moradores obviamente ficam apreensivos com sua presença, pois é quase certo acontecer algo inesperado na pacata localidade. Essa é uma das mitologias mais caras ao oeste americano, a do pistoleiro errante que não consegue mais viver em paz pois a cada novo lugar que chega é desafiado. Com isso acaba colecionando um enorme número de mortes em sua trajetória, além de sempre ter que enfrentar potenciais vingadores aonde quer que vá.
O personagem Jimmy Ringo interpretado por Gregory Peck é inspirado no famoso pistoleiro Johnny Ringo. Esse foi um dos mais famosos foras-da-lei do velho oeste. Sua história é bem conhecida por historiadores e especialistas no assunto. Ele era inimigo declarado do famoso xerife Wyatt Earp e seus irmãos, além de possuir uma grande rixa pessoal com o famoso Doc Holliday. De fato ambos se odiavam. Quase sempre se encontrando em esfumaçados saloons a dupla entrou em confronto várias vezes. Infelizmente o roteiro de “O Matador” esqueceu de citar Doc na história de Ringo, embora não tenha esquecido de colocar Wyatt Earp no enredo. Aliás é bom frisar que muita coisa ficou fora da produção, o que é compreensível, pois o filme não se propõe a ser uma biografia de Ringo, mas apenas ser um bom western psicológico – o que faz muito bem.
Na história real Ringo foi o principal suspeito da morte de Virgil Earp, irmão do famoso xerife. Algum tempo depois foi encontrado morto no deserto e sua morte até hoje é motivo de controvérsias. Algumas teorias afirmam que ele encontrou-se finalmente com Doc Holliday em uma última e decisiva vez e que teria sido morto em um duelo mortal contra o famoso pistoleiro, mas nada disso é mostrado no filme. Seu destino aliás toma outros rumos no roteiro dessa produção, de forma totalmente ficcional. O resultado final, apesar das omissões históricas propositais, é de alto nível. Até hoje “O Matador” é citado em livros e revistas especializadas sobre cinema e western, sendo considerado um dos grandes faroestes do cinema americano. Johnny Ringo apareceria em muitas outras ocasiões no cinema, geralmente retratado como vilão sanguinário. O que importa aqui é a forma como parte de sua história é contada. Impossível não recomendar “O Matador”, um filme obrigatório para quem gosta da história do oeste selvagem.
O Matador (The Gunfighter, Estados Unidos, 1950) Direção: Henry King / Roteiro: William Bowers, William Sellers / Elenco: Gregory Peck, Helen Westcott, Millard Mitchell, Karl Malden, Jean Parker, Skip Homeier / Sinopse: Jimmy Ringo (Gregory Peck) é um famoso pistoleiro no velho oeste que vai até uma pequena cidade para conhecer seu filho, um garoto de 8 anos que há muito tempo não vê. No caminho começa a ser perseguido por três irmãos de um dos cowboys que matou durante um duelo em um saloon. O confronto se mostra inevitável e tudo se torna apenas uma questão de tempo.
Pablo Aluísio.
O personagem Jimmy Ringo interpretado por Gregory Peck é inspirado no famoso pistoleiro Johnny Ringo. Esse foi um dos mais famosos foras-da-lei do velho oeste. Sua história é bem conhecida por historiadores e especialistas no assunto. Ele era inimigo declarado do famoso xerife Wyatt Earp e seus irmãos, além de possuir uma grande rixa pessoal com o famoso Doc Holliday. De fato ambos se odiavam. Quase sempre se encontrando em esfumaçados saloons a dupla entrou em confronto várias vezes. Infelizmente o roteiro de “O Matador” esqueceu de citar Doc na história de Ringo, embora não tenha esquecido de colocar Wyatt Earp no enredo. Aliás é bom frisar que muita coisa ficou fora da produção, o que é compreensível, pois o filme não se propõe a ser uma biografia de Ringo, mas apenas ser um bom western psicológico – o que faz muito bem.
Na história real Ringo foi o principal suspeito da morte de Virgil Earp, irmão do famoso xerife. Algum tempo depois foi encontrado morto no deserto e sua morte até hoje é motivo de controvérsias. Algumas teorias afirmam que ele encontrou-se finalmente com Doc Holliday em uma última e decisiva vez e que teria sido morto em um duelo mortal contra o famoso pistoleiro, mas nada disso é mostrado no filme. Seu destino aliás toma outros rumos no roteiro dessa produção, de forma totalmente ficcional. O resultado final, apesar das omissões históricas propositais, é de alto nível. Até hoje “O Matador” é citado em livros e revistas especializadas sobre cinema e western, sendo considerado um dos grandes faroestes do cinema americano. Johnny Ringo apareceria em muitas outras ocasiões no cinema, geralmente retratado como vilão sanguinário. O que importa aqui é a forma como parte de sua história é contada. Impossível não recomendar “O Matador”, um filme obrigatório para quem gosta da história do oeste selvagem.
O Matador (The Gunfighter, Estados Unidos, 1950) Direção: Henry King / Roteiro: William Bowers, William Sellers / Elenco: Gregory Peck, Helen Westcott, Millard Mitchell, Karl Malden, Jean Parker, Skip Homeier / Sinopse: Jimmy Ringo (Gregory Peck) é um famoso pistoleiro no velho oeste que vai até uma pequena cidade para conhecer seu filho, um garoto de 8 anos que há muito tempo não vê. No caminho começa a ser perseguido por três irmãos de um dos cowboys que matou durante um duelo em um saloon. O confronto se mostra inevitável e tudo se torna apenas uma questão de tempo.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 12 de março de 2025
Amanhecer na Fronteira
Título no Brasil: Amanhecer na Fronteira
Título Original: Dawn on the Great Divide
Ano de Produção: 1942
País: Estados Unidos
Estúdio: Monogram Pictures
Direção: Howard Bretherton
Roteiro: Adele Buffington, James Oliver Curwood
Elenco: Buck Jones, Mona Barrie, Raymond Hatton
Sinopse:
Buck Roberts (Buck Jones) lidera uma caravana pelo meio do deserto que leva suprimentos para os trabalhadores da construção de uma estrada de ferro da região. No meio do caminho Buck e seus homens são surpreendidos por um ataque Navajo mas algo parece estranho com aqueles nativos. Na realidade são foras-da-lei disfarçados de guerreiros para desestabilizar o avanço da nova estrada férrea que avança rumo ao oeste selvagem.
Comentários:
Último filme da carreira do ator Buck Jones (1891 - 1942). Ele foi um dos mais conhecidos astros de filmes de oeste B do cinema americano. O interessante é que antes de entrar no ramo da atuação Buck exerceu realmente a profissão de cowboy. Nascido em Indiana e criado nas reservas do Oklahoma ele já atravessava aqueles territórios a cavalo muito antes de pensar em entrar na sétima arte. Seus filmes viraram sinônimo de matinês lotadas em cinemas do interior por todo o país. Com seu jeitão rude e valente mas íntegro e honesto, Buck acabou caindo no gosto da garotada que não perdia um só de seus faroestes rápidos e movimentados. No total estrelou quase 170 filmes! Agora em 2014 os fãs de western nos Estados Unidos estão celebrando o centenário de seu primeiro filme, "Life on the 101 Ranch, Bliss Oklahoma" lançado em 1914. Já nesse "Dawn on the Great Divide", que marcou sua despedida das telas, os fãs do eterno cowboy terão uma amostra de seu estilo. Foi sem dúvida uma honrosa despedida para um dos atores mais queridos da mitologia do faroeste americano.
Pablo Aluísio.
Título Original: Dawn on the Great Divide
Ano de Produção: 1942
País: Estados Unidos
Estúdio: Monogram Pictures
Direção: Howard Bretherton
Roteiro: Adele Buffington, James Oliver Curwood
Elenco: Buck Jones, Mona Barrie, Raymond Hatton
Sinopse:
Buck Roberts (Buck Jones) lidera uma caravana pelo meio do deserto que leva suprimentos para os trabalhadores da construção de uma estrada de ferro da região. No meio do caminho Buck e seus homens são surpreendidos por um ataque Navajo mas algo parece estranho com aqueles nativos. Na realidade são foras-da-lei disfarçados de guerreiros para desestabilizar o avanço da nova estrada férrea que avança rumo ao oeste selvagem.
Comentários:
Último filme da carreira do ator Buck Jones (1891 - 1942). Ele foi um dos mais conhecidos astros de filmes de oeste B do cinema americano. O interessante é que antes de entrar no ramo da atuação Buck exerceu realmente a profissão de cowboy. Nascido em Indiana e criado nas reservas do Oklahoma ele já atravessava aqueles territórios a cavalo muito antes de pensar em entrar na sétima arte. Seus filmes viraram sinônimo de matinês lotadas em cinemas do interior por todo o país. Com seu jeitão rude e valente mas íntegro e honesto, Buck acabou caindo no gosto da garotada que não perdia um só de seus faroestes rápidos e movimentados. No total estrelou quase 170 filmes! Agora em 2014 os fãs de western nos Estados Unidos estão celebrando o centenário de seu primeiro filme, "Life on the 101 Ranch, Bliss Oklahoma" lançado em 1914. Já nesse "Dawn on the Great Divide", que marcou sua despedida das telas, os fãs do eterno cowboy terão uma amostra de seu estilo. Foi sem dúvida uma honrosa despedida para um dos atores mais queridos da mitologia do faroeste americano.
Pablo Aluísio.
sábado, 8 de março de 2025
Maldade
Título no Brasil: Maldade
Título Original: The Thundering Herd
Ano de Produção: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Henry Hathaway
Roteiro: Zane Grey, Jack Cunningham
Elenco: Randolph Scott, Judith Allen, Buster Crabbe, Noah Beery, Raymond Hatton, Blanche Friderici
Sinopse:
Dois caçadores rivais se reencontram em um lugar selvagem e hostil, com índios determinados a exterminarem todos os caçadores brancos de búfalos que se encontram em seus territórios. E a rivalidade não se limita ao comércio de pele, mas também aos assuntos do coração, pois ambos são apaixonados pela mesma mulher.
Comentários:
Randolph Scott voltou a trabalhar com o diretor Henry Hathaway no western "Maldade" (The Thundering Herd, Estados Unidos, 1933). O roteiro era novamente escrito por Zane Grey, que era tão popular entre os fãs de filmes de faroeste que seu nome conseguia até mesmo um grande destaque nos posters dos filmes que chegavam nos cinemas. O enredo não poderia ser mais referente às mitologias do velho oeste norte-americano. Scott interpretava um caçador de búfalos chamado Tom Doan. Ele, ao lado de seus homens, caçavam búfalos para lucrar com a venda de suas peles, que na época valiam pequenas fortunas. O trabalho porém era uma verdadeira luta de sobrevivência em terras hostis. Além dos ladrões de peles, sempre dispostos a matar os caçadores, havia ainda a presença perigosa de guerreiros das tribos locais. No elenco o filme ainda trazia a bela Judith Allen e Buster Crabbe, veterano em filmes de faroeste da época.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Thundering Herd
Ano de Produção: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Henry Hathaway
Roteiro: Zane Grey, Jack Cunningham
Elenco: Randolph Scott, Judith Allen, Buster Crabbe, Noah Beery, Raymond Hatton, Blanche Friderici
Sinopse:
Dois caçadores rivais se reencontram em um lugar selvagem e hostil, com índios determinados a exterminarem todos os caçadores brancos de búfalos que se encontram em seus territórios. E a rivalidade não se limita ao comércio de pele, mas também aos assuntos do coração, pois ambos são apaixonados pela mesma mulher.
Comentários:
Randolph Scott voltou a trabalhar com o diretor Henry Hathaway no western "Maldade" (The Thundering Herd, Estados Unidos, 1933). O roteiro era novamente escrito por Zane Grey, que era tão popular entre os fãs de filmes de faroeste que seu nome conseguia até mesmo um grande destaque nos posters dos filmes que chegavam nos cinemas. O enredo não poderia ser mais referente às mitologias do velho oeste norte-americano. Scott interpretava um caçador de búfalos chamado Tom Doan. Ele, ao lado de seus homens, caçavam búfalos para lucrar com a venda de suas peles, que na época valiam pequenas fortunas. O trabalho porém era uma verdadeira luta de sobrevivência em terras hostis. Além dos ladrões de peles, sempre dispostos a matar os caçadores, havia ainda a presença perigosa de guerreiros das tribos locais. No elenco o filme ainda trazia a bela Judith Allen e Buster Crabbe, veterano em filmes de faroeste da época.
Pablo Aluísio.
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