Título no Brasil: Duelo Sangrento
Título Original: The Kid from Texas
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Kurt Neumann
Roteiro: Robert Hardy Andrews
Elenco: Audie Murphy, Gale Storm, Albert Dekker, Shepperd Strudwick, William Talman, Martin Garralaga
Sinopse:
O jovem William Bonney (Audie Murphy) chega em uma nova cidade do condado de Lincoln em busca de trabalho. Ele acaba conhecendo um rancheiro que lhe oferece apoio e amizade, lhe arranjando emprego e moradia. Pouco tempo depois seu patrão é covardemente assassinado. Assim Bonney, agora conhecido como "Billy The Kid", resolve vingar sua morte.
Comentários:
A década de 1950 começou e finalmente Audie Murphy encontrou seu caminho em Hollywood. O filme se chamava "Duelo Sangrento" e era a produção ideal que Murphy tanto esperava. Nesse western que tinha o título original de "The Kid from Texas", Murphy interpretava nada mais, nada menos do que um dos personagens históricos mais famosos da mitologia do velho oeste, o pistoleiro William Bonney, mais conhecido como 'Billy the Kid'. É curioso que quando a Universal contratou o diretor Kurt Neumann para dirigir o faroeste esse indicou ao estúdio o próprio Audie Murphy com quem havia trabalhado no filme anterior. Não haveria ninguém melhor para atuar como Kid. A crítica de um modo geral gostou do filme. Para muitos seria um "bom pequeno filme". Outra atração é que ele foi lançado em cores, considerado ainda na época como um sinal de capricho, de que a produção era realmente boa e que o estúdio confiava no sucesso. Historicamente o filme não era muito preciso. Billy The Kid não nasceu no Texas, como fazia supor o roteiro, ele havia nascido em Nova Iorque. Porém de uma maneira em geral aspectos históricos reais da vida de Kid foram mantidos, como seu envolvimento na guerra do condado de Lincoln.
Pablo Aluísio.
domingo, 11 de maio de 2025
sábado, 10 de maio de 2025
Audie Murphy e o Western - Parte 1
Audie Murphy e o Western - Parte 1
Audie Murphy foi um dos grandes ídolos dos filmes de western durante as décadas de 1940, 1950 e 1960. Ele não fazia o tipo forte e alto dos grandes cowboys do cinema, era até baixinho para os padrões, como pouco mais de 1.70m de altura, porém nada disso o impediu de ser uma das figuras mais populares do gênero naqueles anos. Os filmes de Murphy eram extremamente lucrativos pois a maioria deles não passavam de produções B exibidas em matinês. Os roteiros eram simples e raramente os elencos traziam alguma estrela além dele. Como se explicaria então o segredo do sucesso de um sujeito que parecia ter tudo contra ele? Não era alto, nem forte e nem muito menos particularmente bonitão como um Randolph Scott.
O segredo de Murphy vinha de sua vida pessoal, de sua história antes de virar astro de filmes de faroeste. Nascido em uma família de classe média baixa do Texas, nada parecia muito promissor em sua vida. Ele não se destacou nos estudos e nem nos esportes, porém quando os Estados Unidos entraram na II Guerra Mundial, Murphy viu uma oportunidade, não de ser um herói, mas sim de ter um trabalho e quem sabe uma carreira militar promissora. Assim Murphy entrou para o exército, servindo durante dois anos nos campos de batalha da Europa. Ele lutou com sua companhia nos fronts da França e Bélgica e lá acabou fazendo sua fama. Acontece que Murphy acabou sendo o soldado mais condecorado do Exército americano, uma honraria que lhe abriu muitas portas quando retornou do maior conflito armado da história.
Ora, o que era mais adequado para um estúdio de cinema do que ter um herói de verdade estrelando seus filmes? Foi justamente isso que pensaram os principais estúdios de cinema de Hollywood. Como nunca havia atuado numa tela antes os produtores foram pacientes. Era preciso que Audie pegasse certa experiência antes de estrelar seus próprios filmes. Sua primeira aparição se deu curiosamente em um filme romântico chamado "Viver Sonhando" de 1948. Estrelado por Guy Madison não havia muito o que o próprio Audie Murphy pudesse fazer em cena. Seu personagem, completamente secundário, não chamou a atenção de ninguém, mas serviu para que os produtores fizessem um teste com ele. Afinal nem sempre a câmera aceitava muito bem novatos. Com sorte Murphy acabou sendo aprovado no teste.
Assim seu primeiro filme de verdade só viria depois, "Código de Honra", um autêntico filme de guerra, um cenário onde ele parecia completamente à vontade. Alan Ladd era o astro do filme e Murphy interpretava um jovem cadete chamado Thomas. Com muitas personagens não havia mesmo como se destacar no meio de tantos militares, mas o estúdio soube muito bem aproveitar sua presença, chamando a atenção da imprensa para o fato de que Audie havia sido o mais condecorado soldado da guerra. Isso lhe trouxe grande publicidade pessoal, a ponto de se destacar nas matérias dos jornais que cobriam o lançamento do filme. Dizem até que o ator Alan Ladd ficou enciumado da extrema atenção criada por Murphy, afinal ele era a grande estrela da produção e não Murphy.
Pablo Aluísio.
O segredo de Murphy vinha de sua vida pessoal, de sua história antes de virar astro de filmes de faroeste. Nascido em uma família de classe média baixa do Texas, nada parecia muito promissor em sua vida. Ele não se destacou nos estudos e nem nos esportes, porém quando os Estados Unidos entraram na II Guerra Mundial, Murphy viu uma oportunidade, não de ser um herói, mas sim de ter um trabalho e quem sabe uma carreira militar promissora. Assim Murphy entrou para o exército, servindo durante dois anos nos campos de batalha da Europa. Ele lutou com sua companhia nos fronts da França e Bélgica e lá acabou fazendo sua fama. Acontece que Murphy acabou sendo o soldado mais condecorado do Exército americano, uma honraria que lhe abriu muitas portas quando retornou do maior conflito armado da história.
Ora, o que era mais adequado para um estúdio de cinema do que ter um herói de verdade estrelando seus filmes? Foi justamente isso que pensaram os principais estúdios de cinema de Hollywood. Como nunca havia atuado numa tela antes os produtores foram pacientes. Era preciso que Audie pegasse certa experiência antes de estrelar seus próprios filmes. Sua primeira aparição se deu curiosamente em um filme romântico chamado "Viver Sonhando" de 1948. Estrelado por Guy Madison não havia muito o que o próprio Audie Murphy pudesse fazer em cena. Seu personagem, completamente secundário, não chamou a atenção de ninguém, mas serviu para que os produtores fizessem um teste com ele. Afinal nem sempre a câmera aceitava muito bem novatos. Com sorte Murphy acabou sendo aprovado no teste.
Assim seu primeiro filme de verdade só viria depois, "Código de Honra", um autêntico filme de guerra, um cenário onde ele parecia completamente à vontade. Alan Ladd era o astro do filme e Murphy interpretava um jovem cadete chamado Thomas. Com muitas personagens não havia mesmo como se destacar no meio de tantos militares, mas o estúdio soube muito bem aproveitar sua presença, chamando a atenção da imprensa para o fato de que Audie havia sido o mais condecorado soldado da guerra. Isso lhe trouxe grande publicidade pessoal, a ponto de se destacar nas matérias dos jornais que cobriam o lançamento do filme. Dizem até que o ator Alan Ladd ficou enciumado da extrema atenção criada por Murphy, afinal ele era a grande estrela da produção e não Murphy.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 5 de maio de 2025
Armando o Laço
Título no Brasil: Armando o Laço
Título Original: West of the Divide
Ano de Produção: 1934
País: Estados Unidos
Estúdio: Paul Malvern Productions
Direção: Robert N. Bradbury
Roteiro: Robert N. Bradbury
Elenco: John Wayne, Virginia Brown Faire, George 'Gabby' Hayes
Sinopse:
Dois cowboys, Ted Hayden (John Wayne) e seu amigo Dusty Rhodes (George 'Gabby' Hayes), se deparam com um fora da lei à beira da morte durante uma viagem pelo deserto do Arizona. O sujeito chamado Gatt Ganns esteve envolvido na morte e desaparecimento de um rico fazendeiro da região. Ao que tudo indica o próprio irmão da vítima era o autor do crime. Ted então resolve assumir a identidade do pistoleiro Ganns, para assim reunir mais provas contra as pessoas envolvidas no crime.
Comentários:
Muitos conhecem os filmes de John Wayne a partir dos anos 1950 ou então de uma fase mais avançada, já na década de 1970 quando realizou seus últimos filmes (Wayne faleceu em 1979). Assim a grande maioria de sua filmografia segue sendo ignorada por grande parte dos cinéfilos. O fato é que Wayne estrelou dezenas de filmes na década de 1930. Essas películas mais antigas podem ser encaradas como versões em faroeste dos filmes de matinê que eram bem populares naqueles tempos distantes. Em certo aspecto John Wayne ainda não havia encontrado seu estilo. Grandalhão, ele procurava seguir os passos de Tom Mix, inclusive usando seu figurino em cena. Grandes chapéus e armas absurdamente chamativas (cheias de detalhes dourados em seus canos, tal como era moda country daquele período). O filme tem roteiro básico, tudo muito simples, mas que certamente soava muito divertido para a garotada (que formava a massa do público para esse tipo de fita de bang bang). Com apenas 54 minutos o filme, apesar de extremamente curto, chegou a incomodar em seu lançamento pois para alguns setores era violento demais para os garotos que pegavam alguns centavos de dólar por uma entrada. Sinal de tempos mais inocentes e ingênuos, certamente.
Pablo Aluísio.
Título Original: West of the Divide
Ano de Produção: 1934
País: Estados Unidos
Estúdio: Paul Malvern Productions
Direção: Robert N. Bradbury
Roteiro: Robert N. Bradbury
Elenco: John Wayne, Virginia Brown Faire, George 'Gabby' Hayes
Sinopse:
Dois cowboys, Ted Hayden (John Wayne) e seu amigo Dusty Rhodes (George 'Gabby' Hayes), se deparam com um fora da lei à beira da morte durante uma viagem pelo deserto do Arizona. O sujeito chamado Gatt Ganns esteve envolvido na morte e desaparecimento de um rico fazendeiro da região. Ao que tudo indica o próprio irmão da vítima era o autor do crime. Ted então resolve assumir a identidade do pistoleiro Ganns, para assim reunir mais provas contra as pessoas envolvidas no crime.
Comentários:
Muitos conhecem os filmes de John Wayne a partir dos anos 1950 ou então de uma fase mais avançada, já na década de 1970 quando realizou seus últimos filmes (Wayne faleceu em 1979). Assim a grande maioria de sua filmografia segue sendo ignorada por grande parte dos cinéfilos. O fato é que Wayne estrelou dezenas de filmes na década de 1930. Essas películas mais antigas podem ser encaradas como versões em faroeste dos filmes de matinê que eram bem populares naqueles tempos distantes. Em certo aspecto John Wayne ainda não havia encontrado seu estilo. Grandalhão, ele procurava seguir os passos de Tom Mix, inclusive usando seu figurino em cena. Grandes chapéus e armas absurdamente chamativas (cheias de detalhes dourados em seus canos, tal como era moda country daquele período). O filme tem roteiro básico, tudo muito simples, mas que certamente soava muito divertido para a garotada (que formava a massa do público para esse tipo de fita de bang bang). Com apenas 54 minutos o filme, apesar de extremamente curto, chegou a incomodar em seu lançamento pois para alguns setores era violento demais para os garotos que pegavam alguns centavos de dólar por uma entrada. Sinal de tempos mais inocentes e ingênuos, certamente.
Pablo Aluísio.
domingo, 4 de maio de 2025
Justiça Selvagem
Título no Brasil: Justiça Selvagem
Título Original: Sagebrush Trail
Ano de Produção: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Paul Malvern Productions
Direção: Armand Schaefer
Roteiro: Lindsley Parsons
Elenco: John Wayne, Nancy Shubert, Lane Chandler
Sinopse:
Preso por um crime que não cometeu, o cowboy John Brant (John Wayne) consegue escapar da prisão e decide rumar em direção ao oeste selvagem. Procurado vivo ou morto, com sua cabeça a prêmio, ele decide se unir a um bando de renegados e por puro acaso descobre que um dos membros da quadrilha foi o verdadeiro autor do crime que lhe foi imputado meses antes. Agora ele terá que levar o verdadeiro criminoso para as autoridades, para limpar seu nome novamente e viver feliz ao lado da garota pelo qual está apaixonado.
Comentários:
Mais um bom faroeste da filmografia de John Wayne ainda no comecinho de sua carreira, em produção realizada na década de 1930. O filme pode ser considerado uma produção de média-metragem, pois conta com apenas 54 minutos de duração. Curiosamente há até um certo clima noir em determinadas sequências, onde tudo surge escuro e sombrio, fruto da própria estória do personagem principal interpretado por Wayne, um homem íntegro e honesto que luta para recuperar o reconhecimento de sua inocência enquanto tenta levar o verdadeiro criminoso para atrás das grades. Com várias cenas rodadas em locações o filme também tem excelentes cenas de ação, como no clímax, onde Brant participa de um violento tiroteio em cima de uma diligência perseguida por malfeitores (cena aliás que seria muito copiada nos anos seguintes em inúmeros filmes de western). Em termos de produção tudo está de acordo com a média do que era realizada na época e o figurino de Wayne ainda apresenta traços do guarda roupa de Tom Mix, o grande astro do western naqueles tempos pioneiros. Diversão e nostalgia em doses exatas para os fãs do eterno Duke.
Pablo Aluísio.
Título Original: Sagebrush Trail
Ano de Produção: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Paul Malvern Productions
Direção: Armand Schaefer
Roteiro: Lindsley Parsons
Elenco: John Wayne, Nancy Shubert, Lane Chandler
Sinopse:
Preso por um crime que não cometeu, o cowboy John Brant (John Wayne) consegue escapar da prisão e decide rumar em direção ao oeste selvagem. Procurado vivo ou morto, com sua cabeça a prêmio, ele decide se unir a um bando de renegados e por puro acaso descobre que um dos membros da quadrilha foi o verdadeiro autor do crime que lhe foi imputado meses antes. Agora ele terá que levar o verdadeiro criminoso para as autoridades, para limpar seu nome novamente e viver feliz ao lado da garota pelo qual está apaixonado.
Comentários:
Mais um bom faroeste da filmografia de John Wayne ainda no comecinho de sua carreira, em produção realizada na década de 1930. O filme pode ser considerado uma produção de média-metragem, pois conta com apenas 54 minutos de duração. Curiosamente há até um certo clima noir em determinadas sequências, onde tudo surge escuro e sombrio, fruto da própria estória do personagem principal interpretado por Wayne, um homem íntegro e honesto que luta para recuperar o reconhecimento de sua inocência enquanto tenta levar o verdadeiro criminoso para atrás das grades. Com várias cenas rodadas em locações o filme também tem excelentes cenas de ação, como no clímax, onde Brant participa de um violento tiroteio em cima de uma diligência perseguida por malfeitores (cena aliás que seria muito copiada nos anos seguintes em inúmeros filmes de western). Em termos de produção tudo está de acordo com a média do que era realizada na época e o figurino de Wayne ainda apresenta traços do guarda roupa de Tom Mix, o grande astro do western naqueles tempos pioneiros. Diversão e nostalgia em doses exatas para os fãs do eterno Duke.
Pablo Aluísio.
sábado, 3 de maio de 2025
Ouro Mal Assombrado
Título no Brasil: Ouro Mal Assombrado
Título Original: Haunted Gold
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Leon Schlesinger Studios
Direção: Mack V. Wright
Roteiro: Adele Buffington
Elenco: John Wayne, Duke, Sheila Terry, Harry Woods, Erville Alderson, Otto Hoffman, Martha Mattox
Sinopse:
Nesse filme John Wayne interpreta John Mason, Ao lado de Janet Carter (Sheila Terry) ele recebe uma carta convidando para ir até uma cidade fantasma onde supostamente existiria uma mina abandonada, com um tesouro escondido em seu interior. Claro que isso também desperta a ganância de bandidos que correm para colocar as mãos na fortuna.
Comentários:
O último filme de John Wayne em 1932 foi "Ouro Mal Assombrado" (Haunted Gold), faroeste dirigido por Mack V. Wright. O mais curioso dessa produção é que o roteiro tinha também elementos de filmes de horror! Foi um dos primeiros filmes de Hollywood que procuravam mesmo reunir dois gêneros cinematográficos em um só! Já que o terror e o faroeste eram bem populares porque não tentar fazer uma produção que tivesse o melhor dos dois lados? E assim foi feito. O mais curioso desse roteiro é que havia também um personagem fantasma que acabava ajudando Wayne e sua companheira em sua aventura mina adentro. Foi a primeira e única vez que Wayne flertou com o terror em toda a sua longa filmografia. Ficou muito interessante, é inegável dizer. Embora é bom também salientar que para os padrões atuais o filme seria mais um suspense com toques sobrenaturais do que um filme mesmo de terror. Afinal era uma produção de matinê e as crianças não poderiam ser assustadas. Coisas da época.
Pablo Aluísio.
Título Original: Haunted Gold
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Leon Schlesinger Studios
Direção: Mack V. Wright
Roteiro: Adele Buffington
Elenco: John Wayne, Duke, Sheila Terry, Harry Woods, Erville Alderson, Otto Hoffman, Martha Mattox
Sinopse:
Nesse filme John Wayne interpreta John Mason, Ao lado de Janet Carter (Sheila Terry) ele recebe uma carta convidando para ir até uma cidade fantasma onde supostamente existiria uma mina abandonada, com um tesouro escondido em seu interior. Claro que isso também desperta a ganância de bandidos que correm para colocar as mãos na fortuna.
Comentários:
O último filme de John Wayne em 1932 foi "Ouro Mal Assombrado" (Haunted Gold), faroeste dirigido por Mack V. Wright. O mais curioso dessa produção é que o roteiro tinha também elementos de filmes de horror! Foi um dos primeiros filmes de Hollywood que procuravam mesmo reunir dois gêneros cinematográficos em um só! Já que o terror e o faroeste eram bem populares porque não tentar fazer uma produção que tivesse o melhor dos dois lados? E assim foi feito. O mais curioso desse roteiro é que havia também um personagem fantasma que acabava ajudando Wayne e sua companheira em sua aventura mina adentro. Foi a primeira e única vez que Wayne flertou com o terror em toda a sua longa filmografia. Ficou muito interessante, é inegável dizer. Embora é bom também salientar que para os padrões atuais o filme seria mais um suspense com toques sobrenaturais do que um filme mesmo de terror. Afinal era uma produção de matinê e as crianças não poderiam ser assustadas. Coisas da época.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 2 de maio de 2025
O Expresso da Aventura
Título no Brasil: O Expresso da Aventura
Título Original: The Hurricane Express
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Mascot Pictures, American Film Company
Direção: J.P. McGowan, Armand Schaefer
Roteiro: Colbert Clark, Barney A. Sarecky
Elenco: John Wayne, T Marshall, Conway Tearle, John Wayne
Sinopse:
Um sabotador desconhecido começa a destruir as linhas da ferrovia Pacific Express. Em uma dessas sabotagens o pai de Larry (Wayne), um piloto de avião, é morto no acidente. Agora ele resolve rumar no mesmo destino para descobrir quem seria o homem que ceifou a vida de seu amado pai.
Comentários:
John Wayne brigou com um dos chefões da Columbia Pictures, Harry Cohn, e resolveu deixar o estúdio indo para a pequena Mascot Pictures onde acabou fazendo três fitas rápidas. Os filmes da Mascot eram produzidos para serem exibidos em matinês, por isso eram curtos e iam direto ao ponto, sem maiores embromações. O roteiro é básico, o personagem de Wayne está atrás do assassino de seu pai e para isso precisa descobrir a identidade secreta do tal "Destruidor" (como passa a ser conhecido o sabotador de linhas da ferrovia). Como John Wayne era bastante jovem e atlético os produtores resolveram apostar forte em cenas de ação com o ator e de fato ele consegue até mesmo realizar algumas bem feitas acrobacias aprendidas quando se aventurava como dublê de filmes. Então é basicamente isso, uma aventura de matinê, com o futuro astro John Wayne se exercitando entre os trilhos de uma linha expressa rumo ao Pacífico.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Hurricane Express
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Mascot Pictures, American Film Company
Direção: J.P. McGowan, Armand Schaefer
Roteiro: Colbert Clark, Barney A. Sarecky
Elenco: John Wayne, T Marshall, Conway Tearle, John Wayne
Sinopse:
Um sabotador desconhecido começa a destruir as linhas da ferrovia Pacific Express. Em uma dessas sabotagens o pai de Larry (Wayne), um piloto de avião, é morto no acidente. Agora ele resolve rumar no mesmo destino para descobrir quem seria o homem que ceifou a vida de seu amado pai.
Comentários:
John Wayne brigou com um dos chefões da Columbia Pictures, Harry Cohn, e resolveu deixar o estúdio indo para a pequena Mascot Pictures onde acabou fazendo três fitas rápidas. Os filmes da Mascot eram produzidos para serem exibidos em matinês, por isso eram curtos e iam direto ao ponto, sem maiores embromações. O roteiro é básico, o personagem de Wayne está atrás do assassino de seu pai e para isso precisa descobrir a identidade secreta do tal "Destruidor" (como passa a ser conhecido o sabotador de linhas da ferrovia). Como John Wayne era bastante jovem e atlético os produtores resolveram apostar forte em cenas de ação com o ator e de fato ele consegue até mesmo realizar algumas bem feitas acrobacias aprendidas quando se aventurava como dublê de filmes. Então é basicamente isso, uma aventura de matinê, com o futuro astro John Wayne se exercitando entre os trilhos de uma linha expressa rumo ao Pacífico.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 1 de maio de 2025
Os Filmes de Faroeste de John Wayne - Parte 3
Uma das grandes sortes que John Wayne teve em sua carreira foi o fato dele começar a se tornar popular justamente na mesma época em que o grande cowboy do cinema, o astro Tom Mix, estava se aposentando. Ídolo máximo do western na era do cinema mudo, Mix estava descontente com os novos rumos que a indústria cinematográfica americana começava a tomar. O cinema falado estava prestes a dominar completamente o mercado, enquanto os antigos filmes mudos perdiam espaço nas telas a cada ano. Era o fim de uma era.
Tom Mix já se sentia velho e cansado. Cavalgar para ele estava se tornando um problema por causa de dores na coluna. Ele sofria dessas dores há anos, mas agora tudo se tornara insuportável. O estúdio lhe arranjou dublês, mas o público começou a perceber a diferença e assim, procurando manter sua estrela, sua áurea, Mix decidiu se aposentar. Ele queria se retirar antes que se tornasse completamente decadente. Depois de atuar em mais de duzentos filmes ele estava multimilionário e não queria mais saber de cavalos, selas, poeira e tiroteios. Os dias do faroeste tinham chegado também ao fim para Mix.
Com o afastamento de Tom Mix das telas todo um espaço ficou vazio. Quem seria o próximo herói dos filmes de faroeste? Bom, John Wayne estava de olho nesse trono. Esforçado, disciplinado, bom profissional na visão dos diretores da época, John Wayne começou a deixar de lado suas participações como dublê para realmente se tornar ator na frente das telas. Foi um processo gradual. Nos primeiros anos John Wayne ainda procurou se esforçar na universidade, mas depois ele viu que poderia ter grande futuro no mundo do cinema. O pagamento era muito bom, o trabalho era relativamente fácil e a fama, que ele começava a desfrutar, acabou lhe convencendo que ele deveria se esforçar para fazer sucesso no cinema, acima de tudo.
Durante as filmagens de um novo filme, Wayne conversou longamente com o diretor Andrew Bennison. Esse lhe avisou que iria filmar um faroeste em breve e que queria John Wayne em seu elenco. Depois explicou que esse novo western seria mais realista, tentando mostrar o mundo dos cowboys como ele realmente era: com muito suor, trabalho duro e roupas surradas. Nada a ver com Tom Mix e suas roupas engomadinhas. "John, o futuro dos filmes de western será o realismo nu e cru, por isso quero que você apareça como se fosse um cowboy real. Roupas empoeiradas, chapéu amassado, nada de ter um visual como Tom Mix, com seu figurino cheio de estrelinhas e esporas de prata!". Wayne concordou plenamente com a opinião do diretor. Era hora do cinema americano abraçar uma visão bem mais pé no chão. O mito em torno de John Wayne começava a ganhar vida.
Pablo Aluísio.
Tom Mix já se sentia velho e cansado. Cavalgar para ele estava se tornando um problema por causa de dores na coluna. Ele sofria dessas dores há anos, mas agora tudo se tornara insuportável. O estúdio lhe arranjou dublês, mas o público começou a perceber a diferença e assim, procurando manter sua estrela, sua áurea, Mix decidiu se aposentar. Ele queria se retirar antes que se tornasse completamente decadente. Depois de atuar em mais de duzentos filmes ele estava multimilionário e não queria mais saber de cavalos, selas, poeira e tiroteios. Os dias do faroeste tinham chegado também ao fim para Mix.
Com o afastamento de Tom Mix das telas todo um espaço ficou vazio. Quem seria o próximo herói dos filmes de faroeste? Bom, John Wayne estava de olho nesse trono. Esforçado, disciplinado, bom profissional na visão dos diretores da época, John Wayne começou a deixar de lado suas participações como dublê para realmente se tornar ator na frente das telas. Foi um processo gradual. Nos primeiros anos John Wayne ainda procurou se esforçar na universidade, mas depois ele viu que poderia ter grande futuro no mundo do cinema. O pagamento era muito bom, o trabalho era relativamente fácil e a fama, que ele começava a desfrutar, acabou lhe convencendo que ele deveria se esforçar para fazer sucesso no cinema, acima de tudo.
Durante as filmagens de um novo filme, Wayne conversou longamente com o diretor Andrew Bennison. Esse lhe avisou que iria filmar um faroeste em breve e que queria John Wayne em seu elenco. Depois explicou que esse novo western seria mais realista, tentando mostrar o mundo dos cowboys como ele realmente era: com muito suor, trabalho duro e roupas surradas. Nada a ver com Tom Mix e suas roupas engomadinhas. "John, o futuro dos filmes de western será o realismo nu e cru, por isso quero que você apareça como se fosse um cowboy real. Roupas empoeiradas, chapéu amassado, nada de ter um visual como Tom Mix, com seu figurino cheio de estrelinhas e esporas de prata!". Wayne concordou plenamente com a opinião do diretor. Era hora do cinema americano abraçar uma visão bem mais pé no chão. O mito em torno de John Wayne começava a ganhar vida.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 10 de abril de 2025
A Vingança de Frank James
Esse filme foi uma espécie de sequência do clássico "Jesse James". Tudo se passa após a morte de Jesse James, ou seja, o enredo desse filme começa a partir do final do filme anterior. O elenco é excelente! A "Vingança de Frank James” traz vários atores do primeiro filme, embora também haja mudanças em relação ao elenco original. A ausência mais sentida é justamente a de Randolph Scott e Nancy Kelly pois seus personagens foram eliminados da trama dessa sequência. O ponto positivo fica com Henry Fonda que no papel de Frank James assume o filme como protagonista. Ele repete seu bom desempenho do filme anterior e segura muito bem as pontas. Um novo personagem é acrescentado na estória, Eleanor Stone, uma jovem jornalista que se interessa pela história dos irmãos James. Ela é interpretada pelo correta Gene Tierney. Outro destaque é a ótima interpretação de Henry Hull, o dono do jornal e advogado que vai ao tribunal defender Frank James.
O roteiro de “A Vingança de Frank James” toma várias liberdades com a história original. Embora Frank tenha sido realmente inocentado de todas as acusações (em dois e não em apenas um julgamento como se vê no filme) ele não teve qualquer ligação com a morte de Robert Ford, assassino de seu irmão Jesse James. No roteiro aqui Frank James sai no encalço de Robert Ford dentro de um estábulo. Na história real Ford foi morto em seu Saloon por um sujeito que queria ter a honra de matar o homem que matou Jesse James. Mesmo com a pouca fidelidade histórica o roteiro de “A Vingança de Frank James” é muito bem escrito, contando uma longa história sem se tornar cansativo e enfadonho. Além disso consegue se fechar muito bem em si mesmo. Tudo muito bem arranjado, mesmo que misture fatos reais com eventos meramente fictícios.
Houve uma mudança na direção. Saiu Henry King e entrou o genial Fritz Lang. Lang imprime um tom mais sério no filme mas ao mesmo tempo se mostra fiel à estrutura de dramaturgia do filme anterior. Os personagens de “Jesse James” que reaparecem aqui usam da mesma caracterização e tom, o que demonstra que Fritz Lang, apesar de ter sido um dos cineastas mais autorais da história do cinema mantém a espinha dorsal montada por Henry King em “Jesse James”. Fritz Lang foi escalado por Zanuck depois que esse teve alguns atritos com Henry King que não aceitava muito bem as inúmeras interferências do produtor em seu filme. O resultado final aqui como se nota é muito bom, mostrando que Fritz Lang também poderia ser um cineasta de estúdio, sem maiores vôos autorais como conhecemos de outros filmes seus.
Em termos de produção, nada a reclamar. Novamente se faz presente a mão forte de Darryl F. Zanuck como produtor. Embora não tenha sido creditado em “Jesse James” aqui ele fez questão de assinar o filme, fruto obviamente de seu grande sucesso. Ao lado de Fritz Lang construiu uma continuação de excelente nível. O produtor também interferiu bastante no roteiro e na escalação do elenco. Trocou alguns nomes e eliminou personagens. Foi dele inclusive a idéia de colocar cenas de “Jesse James” aqui no começo do filme (inclusive a cena da morte de Jesse, extraída da primeira produção com Tyrone Power sendo assassinado).
A Vingança de Frank James (The Return of Frank James, EUA, 1940) Direção: Friz Lang / Roteiro: Sam Hellman / Elenco: Henry Fonda, Gene Tierney, Jackie Cooper, Henry Hull, John Carradine / Sinopse: Após o assassinato de seu irmão Jesse James (Tyrone Power) o pistoleiro Frank James (Henry Fonda) decide ir atrás de seu assassino, Robert Ford (John Carradine).
Pablo Aluísio.
O roteiro de “A Vingança de Frank James” toma várias liberdades com a história original. Embora Frank tenha sido realmente inocentado de todas as acusações (em dois e não em apenas um julgamento como se vê no filme) ele não teve qualquer ligação com a morte de Robert Ford, assassino de seu irmão Jesse James. No roteiro aqui Frank James sai no encalço de Robert Ford dentro de um estábulo. Na história real Ford foi morto em seu Saloon por um sujeito que queria ter a honra de matar o homem que matou Jesse James. Mesmo com a pouca fidelidade histórica o roteiro de “A Vingança de Frank James” é muito bem escrito, contando uma longa história sem se tornar cansativo e enfadonho. Além disso consegue se fechar muito bem em si mesmo. Tudo muito bem arranjado, mesmo que misture fatos reais com eventos meramente fictícios.
Houve uma mudança na direção. Saiu Henry King e entrou o genial Fritz Lang. Lang imprime um tom mais sério no filme mas ao mesmo tempo se mostra fiel à estrutura de dramaturgia do filme anterior. Os personagens de “Jesse James” que reaparecem aqui usam da mesma caracterização e tom, o que demonstra que Fritz Lang, apesar de ter sido um dos cineastas mais autorais da história do cinema mantém a espinha dorsal montada por Henry King em “Jesse James”. Fritz Lang foi escalado por Zanuck depois que esse teve alguns atritos com Henry King que não aceitava muito bem as inúmeras interferências do produtor em seu filme. O resultado final aqui como se nota é muito bom, mostrando que Fritz Lang também poderia ser um cineasta de estúdio, sem maiores vôos autorais como conhecemos de outros filmes seus.
Em termos de produção, nada a reclamar. Novamente se faz presente a mão forte de Darryl F. Zanuck como produtor. Embora não tenha sido creditado em “Jesse James” aqui ele fez questão de assinar o filme, fruto obviamente de seu grande sucesso. Ao lado de Fritz Lang construiu uma continuação de excelente nível. O produtor também interferiu bastante no roteiro e na escalação do elenco. Trocou alguns nomes e eliminou personagens. Foi dele inclusive a idéia de colocar cenas de “Jesse James” aqui no começo do filme (inclusive a cena da morte de Jesse, extraída da primeira produção com Tyrone Power sendo assassinado).
A Vingança de Frank James (The Return of Frank James, EUA, 1940) Direção: Friz Lang / Roteiro: Sam Hellman / Elenco: Henry Fonda, Gene Tierney, Jackie Cooper, Henry Hull, John Carradine / Sinopse: Após o assassinato de seu irmão Jesse James (Tyrone Power) o pistoleiro Frank James (Henry Fonda) decide ir atrás de seu assassino, Robert Ford (John Carradine).
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 9 de abril de 2025
Emboscada em Cimarron Pass
Título no Brasil: Emboscada em Cimarron Pass
Título Original: Ambush at Cimarron
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Regal Films
Direção: Jodie Copelan
Roteiro: Robert A. Reeds, Robert W. Woods
Elenco: Scott Brady, Margia Dean, Clint Eastwood, Irving Bacon, Frank Gerstle, Ray Boyle
Sinopse:
Dirigido por Jodie Copelan, com Scott Brady e Margia Dean no elenco, o roteiro baseado em um livro escrito por Robert A. Reeds, contava uma história que se passava em 1867 no velho oeste americano. Clint interpretava um sujeito chamado Keith Williams. Ele era um homem que tentava sobreviver em um território distante, uma reserva Apache em guerra, onde soldados do exército americano, da União, literalmente caçavam ex-soldados confederados que tinham se tornado bandoleiros e assassinos.
Comentários:
Clint Eastwood não planejou sua carreira de ator como astro de filmes de western. As coisas simplesmente foram acontecendo. Em 1958 ele conseguiu um papel em um faroeste B chamado "Emboscada em Cimarron Pass" (Ambush at Cimarron Pass). Essa é uma produção bem difícil de se achar nos dias de hoje. É um filme pouco conhecido, obscuro, que poucos colecionadores possuem. Quase ninguém assistiu. Vale sobretudo por trazer Clint Eastwood ainda bem jovem, já no papel de cowboy, o tipo que iria consagrar sua carreira. Fora isso nada de muito relevante em termos cinematográficos. Anos depois Clint Eastwood não iria ser refinado ao se lembrar desse filme, dizendo que ele era "provavelmente o pior western que já existiu!". Sua opinião não incomodaria os produtores. Depois que Clint se tornou um astro de Hollywood, o estúdio resolveu relançar o filme nos cinemas, já durante a década de 60. Era impossível perder a chance de faturar alto com seu nome, afinal de contas era um faroeste com Clint Eastwood, que mesmo sendo ruim ainda poderia gerar um bom faturamento nas bilheterias.
Pablo Aluísio.
Título Original: Ambush at Cimarron
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Regal Films
Direção: Jodie Copelan
Roteiro: Robert A. Reeds, Robert W. Woods
Elenco: Scott Brady, Margia Dean, Clint Eastwood, Irving Bacon, Frank Gerstle, Ray Boyle
Sinopse:
Dirigido por Jodie Copelan, com Scott Brady e Margia Dean no elenco, o roteiro baseado em um livro escrito por Robert A. Reeds, contava uma história que se passava em 1867 no velho oeste americano. Clint interpretava um sujeito chamado Keith Williams. Ele era um homem que tentava sobreviver em um território distante, uma reserva Apache em guerra, onde soldados do exército americano, da União, literalmente caçavam ex-soldados confederados que tinham se tornado bandoleiros e assassinos.
Comentários:
Clint Eastwood não planejou sua carreira de ator como astro de filmes de western. As coisas simplesmente foram acontecendo. Em 1958 ele conseguiu um papel em um faroeste B chamado "Emboscada em Cimarron Pass" (Ambush at Cimarron Pass). Essa é uma produção bem difícil de se achar nos dias de hoje. É um filme pouco conhecido, obscuro, que poucos colecionadores possuem. Quase ninguém assistiu. Vale sobretudo por trazer Clint Eastwood ainda bem jovem, já no papel de cowboy, o tipo que iria consagrar sua carreira. Fora isso nada de muito relevante em termos cinematográficos. Anos depois Clint Eastwood não iria ser refinado ao se lembrar desse filme, dizendo que ele era "provavelmente o pior western que já existiu!". Sua opinião não incomodaria os produtores. Depois que Clint se tornou um astro de Hollywood, o estúdio resolveu relançar o filme nos cinemas, já durante a década de 60. Era impossível perder a chance de faturar alto com seu nome, afinal de contas era um faroeste com Clint Eastwood, que mesmo sendo ruim ainda poderia gerar um bom faturamento nas bilheterias.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 8 de abril de 2025
O Último dos Moicanos
Título no Brasil: O Último dos Moicanos
Título Original: The Last of the Mohicans
Ano de Produção: 1936
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: George B. Seitz
Roteiro: James Fenimore Cooper, Philip Dunne
Elenco: Randolph Scott, Binnie Barnes, Henry Wilcoxon
Sinopse:
O enredo se passa no ano de 1756. A coroa britânica resolve enviar reforços para sua problemática colônia na América do Norte (que nas décadas que viriam daria origem aos Estados Unidos da América). O Major Heyward (Henry Wilcoxon) recebe ordens diretas de levar todos os colonos para o forte William Henry. O problema é que essa guarnição militar fica a dois dias de distância do litoral, uma viagem extremamente perigosa por causa da presença de nativos selvagens e tribos conhecidas por sua violência contra o homem branco. Para ajudar na travessia o colono Hawkeye (Randolph Scott), que conhece cada palmo da região, se propõe a ajudar na viagem.
Comentários:
Um bom filme histórico que retrata precisamente bem o nascimento do sentimento de nacionalismo dos primeiros americanos. É justamente por essa época que os nativos americanos começaram a criar um sentimento de que não deveriam mais acatar ou receber ordens dos ingleses, nascendo em pouco tempo a ideia de liberdade e independência em relação à Metrópole britânica. O destaque do filme, além de seu bom roteiro, vem da presença de um ainda bem jovem Randolph Scott. Na época em que o filme foi realizado ele era ainda apenas um jovem ator promissor que atuava nos mais diversos gêneros cinematográficos. Filmes como esse porém iriam deixar claro que sua carreira seria muito promissora mesmo no gênero western. Vestido da cabeça aos pés com um figurino que nos lembra imediatamente de outro personagem famoso, Daniel Boone, Scott está ali para representar o modo de vida e a mentalidade dos colonos nascidos na América, que já não tinham mais tantos lanços culturais ou afetivos com o império inglês. Como se trata de uma produção feita em 1936 temos que infelizmente constatar também que o tempo causou estragos na película. Esse é o típico caso de um longa-metragem que precisa passar por uma restauração urgente e bem feita, antes que desapareça. Recentemente o presidente da Academia afirmou que cem filmes realizados na década de 1930 entrariam em processo de restauração digital. Esperamos sinceramente que "The Last of the Mohicans" esteja entre eles.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Last of the Mohicans
Ano de Produção: 1936
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: George B. Seitz
Roteiro: James Fenimore Cooper, Philip Dunne
Elenco: Randolph Scott, Binnie Barnes, Henry Wilcoxon
Sinopse:
O enredo se passa no ano de 1756. A coroa britânica resolve enviar reforços para sua problemática colônia na América do Norte (que nas décadas que viriam daria origem aos Estados Unidos da América). O Major Heyward (Henry Wilcoxon) recebe ordens diretas de levar todos os colonos para o forte William Henry. O problema é que essa guarnição militar fica a dois dias de distância do litoral, uma viagem extremamente perigosa por causa da presença de nativos selvagens e tribos conhecidas por sua violência contra o homem branco. Para ajudar na travessia o colono Hawkeye (Randolph Scott), que conhece cada palmo da região, se propõe a ajudar na viagem.
Comentários:
Um bom filme histórico que retrata precisamente bem o nascimento do sentimento de nacionalismo dos primeiros americanos. É justamente por essa época que os nativos americanos começaram a criar um sentimento de que não deveriam mais acatar ou receber ordens dos ingleses, nascendo em pouco tempo a ideia de liberdade e independência em relação à Metrópole britânica. O destaque do filme, além de seu bom roteiro, vem da presença de um ainda bem jovem Randolph Scott. Na época em que o filme foi realizado ele era ainda apenas um jovem ator promissor que atuava nos mais diversos gêneros cinematográficos. Filmes como esse porém iriam deixar claro que sua carreira seria muito promissora mesmo no gênero western. Vestido da cabeça aos pés com um figurino que nos lembra imediatamente de outro personagem famoso, Daniel Boone, Scott está ali para representar o modo de vida e a mentalidade dos colonos nascidos na América, que já não tinham mais tantos lanços culturais ou afetivos com o império inglês. Como se trata de uma produção feita em 1936 temos que infelizmente constatar também que o tempo causou estragos na película. Esse é o típico caso de um longa-metragem que precisa passar por uma restauração urgente e bem feita, antes que desapareça. Recentemente o presidente da Academia afirmou que cem filmes realizados na década de 1930 entrariam em processo de restauração digital. Esperamos sinceramente que "The Last of the Mohicans" esteja entre eles.
Pablo Aluísio.
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