segunda-feira, 13 de outubro de 2025
A Lei da Fronteira
Título Original: Frontier Marshal
Ano de Produção: 1939
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Allan Dwan
Roteiro: Stuart N. Lake, Sam Hellman
Elenco: Randolph Scott, Nancy Kelly, Cesar Romero
Sinopse:
Tombstone é uma cidade infestada de bandidos. Conhecida por ser uma terra sem lei, a região acaba se tornando ponto de encontro de assassinos, assaltantes de trem e facínoras em geral. Aterrorizados, os cidadãos de bem do local resolvem eleger um novo xerife! Para a função terá que ser escolhido alguém realmente rápido no gatilho, que esteja disposto a enfrentar o crime sem medo, pois não será fácil limpar toda aquela sujeira. A escolha acaba caindo nos ombros de Wyatt Earp (Randolph Scott) que está disposto a impor a lei e a ordem novamente na pequena Tombstone.
Comentários:
Esse é certamente um dos mais clássicos filmes da carreira de Randolph Scott. Não poderia ser diferente, afinal de contas ele interpreta o lendário xerife e homem da lei Wyatt Earp! A junção desses dois mitos não poderia resultar em nada menos do que memorável. Curiosamente, apesar de ser reconhecidamente um dos melhores filmes já feitos sobre o tiroteio do O.K. Corral, o roteiro toma certas liberdades com a história real. Só para citar a mais famosa delas, aqui temos a morte de Doc Halliday (Cesar Romero), que antecede o famoso confronto entre Earp e os bandoleiros no famoso curral de Tombstone. Na história real Doc não morreu como mostrado no filme, pelo contrário, ele vai até o O.K. para enfrentar ao lado de Earp todo o bando de criminosos naquele que, até hoje, é considerado o maior duelo da história do velho oeste. Isso porém não desmerece as qualidades de um western clássico que é extremamente bem realizado. Randolph Scott está perfeito em seu papel e até mesmo Cesar Romero convence plenamente como Doc, o dentista jogador e tuberculoso que se tornou um dos mais conhecidos pistoleiros da mitologia do western americano. Mais um exemplo do talento do subestimado cineasta Allan Dwan. Em suma, um título para se ter na coleção, assim você poderá sempre rever o mito Randolph Scott na pele do mais famoso xerife de todos os tempos.
Pablo Aluísio.
sábado, 11 de outubro de 2025
Randolph Scott (1898–1987)
Morte
Scott faleceu em 2 de março de 1987, aos 89 anos, em Beverly Hills, Califórnia. A causa oficial da morte foi insuficiência cardíaca. Ele já estava afastado das telas havia mais de 20 anos, vivendo discretamente com a esposa, Patricia Stillman, com quem foi casado por mais de quatro décadas.
Legado como ator
O legado de Randolph Scott é marcante sobretudo dentro do cinema de faroeste:
-
Ícone do western clássico: Entre as décadas de 1930 e 1960, participou de mais de 60 filmes do gênero, consolidando uma imagem de herói justo, lacônico e moralmente íntegro.
-
Parceria com Budd Boetticher: Seus filmes dirigidos por Boetticher nos anos 1950 (como Seven Men from Now / Sete Homens sem Destino e The Tall T / Cavalgada Trágica) são considerados obras-primas do western enxuto, com forte influência posterior no cinema de Sam Peckinpah e Clint Eastwood.
-
Estilo de atuação: Diferente de astros mais expansivos como John Wayne, Scott era econômico, transmitindo firmeza, sobriedade e uma certa melancolia, o que deu profundidade aos seus personagens.
-
Símbolo da transição do western: Sua carreira acompanhou a evolução do gênero, desde os faroestes clássicos mais “românticos” até os mais sombrios e psicológicos dos anos 1950.
-
Respeito crítico tardio: Embora por muito tempo visto apenas como astro popular, com o tempo sua filmografia passou a ser reavaliada pela crítica como uma das mais consistentes do western americano.
Assim, Randolph Scott é lembrado como um dos grandes cowboys do cinema, referência para gerações posteriores e figura essencial para entender a construção do mito do Oeste na cultura dos EUA.
quarta-feira, 8 de outubro de 2025
Os Filmes de Faroeste de John Wayne - Parte 10
terça-feira, 7 de outubro de 2025
Os Filmes de Faroeste de John Wayne - Parte 9
sábado, 4 de outubro de 2025
John Wayne (1907–1979)
🕰️ Linha do Tempo – John Wayne (1907–1979)
1907 – Nascimento
-
Nasce em 26 de maio de 1907, em Winterset, Iowa (EUA), com o nome Marion Robert Morrison.
-
Ganha o apelido “Duke” (Duque), que o acompanharia por toda a vida.
Década de 1920 – Início no cinema
-
Trabalha como figurante e assistente de estúdio na Fox Film.
-
Começa a aparecer em pequenos papéis, principalmente em filmes mudos.
1930 – Primeira grande chance
-
O diretor Raoul Walsh lhe dá o primeiro papel principal em A Grande Jornada (The Big Trail, 1930)*.
-
O filme fracassa nas bilheteiras, mas marca sua estreia como protagonista.
Década de 1930 – Anos de aprendizado
-
Atua em dezenas de western B, filmes de baixo orçamento que moldam sua imagem de herói do oeste.
1939 – O sucesso chega
-
Estoura com o clássico “No Tempo das Diligências” (Stagecoach), dirigido por John Ford.
-
Torna-se uma grande estrela de Hollywood.
Década de 1940 – Consolidação
-
Atua em sucessos como:
-
Rastros de Sangue (The Shepherd of the Hills, 1941)
-
Fort Apache (1948)
-
Rio Bravo (1948)
-
-
Participa de filmes de guerra durante e após a Segunda Guerra Mundial, reforçando sua imagem patriótica.
Década de 1950 – O auge
-
Trabalha em grandes produções de John Ford:
-
Rio Grande (1950)
-
Depois do Vendaval (The Quiet Man, 1952)
-
Rastros de Ódio (The Searchers, 1956)* – considerado seu melhor desempenho dramático.
-
-
Torna-se o ator mais popular dos Estados Unidos por vários anos seguidos.
Década de 1960 – Estrela madura
-
Atua em Alamo (1960), que também dirige e produz.
-
Outros sucessos: Hatari! (1962), Os Comancheros (1961) e Os Filhos de Katie Elder (1965).
-
Em 1969, ganha o Oscar de Melhor Ator por Bravura Indômita (True Grit)*.
Década de 1970 – Últimos trabalhos
-
Continua ativo, mesmo enfrentando sérios problemas de saúde.
-
Destaques: O Último Pistoleiro (The Shootist, 1976)* – seu último filme, onde interpreta um pistoleiro moribundo, em uma clara metáfora de sua própria condição.
1979 – Morte
-
Falece em 11 de junho de 1979, em Los Angeles, vítima de câncer.
1980 – Homenagem póstuma
-
Recebe a Medalha de Ouro do Congresso dos EUA por sua contribuição ao cinema e à cultura americana.
🎬 Legado
-
Mais de 170 filmes ao longo de 50 anos de carreira.
-
Símbolo máximo do western clássico.
-
Figura associada à coragem, honra e patriotismo.
-
Ícone cultural que influenciou gerações de atores e cineastas.
quinta-feira, 2 de outubro de 2025
A morte de John Wayne
A morte de John Wayne
John Wayne faleceu em 11 de junho de 1979, em Los Angeles, aos 72 anos, vítima de câncer.
Ele já havia enfrentado problemas graves de saúde antes: nos anos 1960, retirou um pulmão e duas costelas devido a um câncer de pulmão. Era fumante pesado, hábito que contribuiu muito para sua condição. Nos últimos anos, debilitado, lutou contra a doença até não resistir.
Foi sepultado no Pacific View Memorial Park, em Corona del Mar, Califórnia. Sua morte marcou profundamente o público norte-americano, que via nele um símbolo nacional.
O legado de John Wayne
O legado de John Wayne é vasto e ainda presente na cultura popular:
-
Ícone do western: Atuou em mais de 170 filmes, consolidando a imagem do cowboy corajoso, moralmente firme e defensor da justiça. Filmes como No Tempo das Diligências (1939), Rastros de Ódio (1956) e Bravura Indômita (1969) – que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator – são marcos do gênero.
-
Símbolo americano: Wayne foi visto como a personificação do espírito do "Velho Oeste" e dos valores tradicionais dos EUA, associado à bravura, independência e patriotismo.
-
Influência cultural: Sua figura inspirou gerações de atores, diretores e até políticos. Até hoje, seu jeito de andar, falar e se portar é imitado e referenciado em filmes, séries e literatura.
-
Reconhecimento: Em 1980, um ano após sua morte, o Congresso dos EUA concedeu-lhe a Medalha de Ouro do Congresso, uma das maiores honrarias civis do país.
👉 Em resumo: John Wayne morreu de câncer em 1979, mas deixou como legado a imagem eterna do cowboy e do herói americano, um dos maiores mitos do cinema clássico de Hollywood.
quarta-feira, 1 de outubro de 2025
Filmografia de John Wayne - Parte 1
terça-feira, 30 de setembro de 2025
Clint Eastwood e o Western - Parte 4
terça-feira, 23 de setembro de 2025
Gary Cooper no Velho Oeste - Parte 2
terça-feira, 16 de setembro de 2025
Audie Murphy e o Western - Parte 2
Ele foi considerado um herói pelo exército americano por causa de um ato de bravura demonstrando durante uma batalha contra o exército alemão. Sua companhia foi cercada no meio de uma região de florestas. Seus companheiros de farda quase foram aniquilados completamente. Quem os salvou foi Audie, que usando uma metralhadora ponto 50 conseguiu matar inúmeros soldados nazistas. Isso lhe valeu inúmeras medalhas, mas nem elas compensavam os traumas que Audie Murphy levou para a vida civil depois que a guerra acabou.
Ele falou sobre isso timidamente durante uma entrevista nos anos 60. Ao jornalista que o entrevistava Audie explicou: "Eu poderia continuar no exército por longos anos se quisesse, mas depois da guerra e das coisas que vi pensei comigo mesmo que era o bastante para uma vida inteira. Eu presenciei coisas horríveis no campo de batalha e não tenho vergonha de dizer isso. Muitos dos meus amigos na companhia foram mortos e eles eram apenas garotos de 18 anos, mal saídos das cidadezinhas do interior onde nasceram. Eles nunca tiveram a chance de ter uma vida longa, de se casarem, terem filhos, etc. Ao invés disso morreram em algum buraco ou cratera de bomba na Europa ou no Pacífico. Essa sempre foi para mim a maior tragédia da guerra!".
Esses traumas não deixaram Audie nem mesmo após ele se tornar um ator de relativo sucesso. Muitos que trabalharam ao seu lado dizem que Murphy mantinha uma personalidade tendente a melancolia ou depressão. Quando não estava atuando procurava ficar sozinho, perdido em seus próprios pensamentos. Hollywood para ele era apenas uma forma de trabalho, além disso como costumava dizer: "Gosto dos filmes porque as balas são de mentirinha. Ninguém morre e no final do dia todos estão de volta seguros em suas casas. Exatamente o contrário do que vivi na II Guerra Mundial. Ali no campo de batalha não havia margem para o erro. Errar era fatal!".
Pablo Aluísio.